Volkswagen regista perdas avultadas, mas acredita no regresso aos lucros em 2021
A pandemia de Covid-19 promoveu uma queda de 81,4% no lucro operacional, pelo que o regresso rápido à produção é essencial.
No primeiro trimestre de 2020, o grupo Volkswagen produziu 2 milhões de unidades, menos 23% face a igual período do ano passado, com o volume de negócios a recuar 8,3% para 55,1 mil milhões de euros entre janeiro e março.
Entre janeiro e março o grupo vendeu 765 mil veículos de passageiros, quando em 2019, no mesmo período, vendeu 910 mil. O recuo foi mais sentido na Europa e na Ásia, sendo culpa de uma quebra da procura. Para piorar as coisas, no dia 17 de março, o grupo VW foi fechando as suas fábricas para evitar a propagação do SARS Cov-2, enquanto se assistia a uma deterioração das vendas e profunda incerteza em termos de abastecimento das fábricas.
Assim sendo, o grupo Volkswagen antevê um forte recuo nas vendas em 2020, tendo como pontos negativos não só a volatilidade dos mercados, a maior concorrência, as despesas com as emissões e as taxas de câmbio e de juro. A venda em números muito interessantes de modelos como o Passat, o T-Cross, o Audi E-Tron ou o Skoda Scala, não chegam para contrabalançar a falta de procura.
Para Frank Witter, o diretor financeiro do grupo VW, “a pandemia de Covid-19 impactou substancialmente o nosso negócio no primeiro trimestre. Tomas inúmeras medidas para cortar custos e assegurar liquidez e continuar a melhorar a nossa situação financeira. O gradual recomeço já começou, mas a saúde dos nossos colaboradores e fornecedores continua a ser a nossa prioridade. Já há concessionários abertos e estamos a dar os primeiros passos para termos o negócio a rolar novamente.”
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