Vídeo: as canções e os carros de David Bowie
Low, 1977. O 11º álbum de David Bowie foi também um dos mais influentes e o primeiro da triologia de Berlim que marcou a colaboração com Brian Eno.
Seguiram-se Heroes e Lodger, mas nenhum deles trouxe Always Crashing in The Same Car, uma ode à frustração de se cometerem sistematicamente os mesmos erros e cuja inspiração é derivada de um episódio real da vida do artista britânico: ao volante do seu Mercedes nas ruas da que é hoje a capital alemã (recuperou esse estatuto com a queda do Muro de Berlim e a reunificação da Alemanha), Bowie reconheceu um traficante de droga que aparentemente lhe tinha roubado. E como retaliação achou que o melhor para acertar contas e resolver o diferendo seria embater sistematicamente no carro deste com a melhor arma de arremesso que tinha ao seu dispor – o Mercedes.
Regressaria depois ao parque de estacionamento subterrâneo do hotel em que se encontrava, onde permaneceu durante alguns momentos aos círculos, antes de causar mais estragos – uma consequência do vício que o acompanhava na época.
“Every chance,
every chance that I take
I take it on the road
Those kilometres and the red lights
I was always looking left and right
Oh, but I’m always crashing
in the same car
Jasmine, I saw you peeping
As I pushed my foot down to the floor
I was going round and round the hotel garage
Must have been touching close to 94
Oh, but I’m always crashing
in the same car”
A letra conta com apenas dois versos transformados numa metáfora sobre a forma como Bowie geriu a sua carreira, saltando de projeto em projeto a toda a velocidade. A canção é acompanhada por sintetizadores e um solo de guitarra, mas, apesar do sucesso da música, só em 1990 é que o autor de Space Oddity e do alter ego Ziggy Stardust a tocou pela primeira vez ao vivo.
Embora tudo comece com um Mercedes, foi com a Mini que David Bowie causou um verdadeiro impacto no mundo dos automóveis. O modelo criado para celebrar o 40º aniversário da marca, com a carroçaria, jantes e até os vidros em cromado, tornou o Mini original desenhado por Alec Issigonis mais atual do que nunca. E definiu uma tendência muito antes dos árabes pintarem os seus automóveis de prateado, dourado ou outras cores marcantes. Até aqui David Robert Jones (o seu verdadeiro nome) era diferente.
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