Venda de carros elétricos: mercado mundial subiu 55% em 2022 e deve crescer 35% este ano
Só a China representa 60% das vendas do mercado mundial de carros elétricos. Com isto dá para perceber bem a ofensiva asiática na indústria automóvel, especialmente no que aos carros elétricos diz respeito.
Foi hoje conhecido o relatório anual da Agência Internacional de Energia (AIE) relativo ao mercado de veículos elétricos, e a conclusão é simples: a venda de carros elétricos subiu 55% em 2022 e prevê-se que vai crescer 35% em 2023.
A venda de carros elétricos em todo o mundo aumentou 55% face ao ano anterior, já está acima da fasquia dos 10 milhões em 2022, e só os elétricos já representam 14% do total, e o estudo prevê que vai crescer 35% em 2023 e com isso passar a significar 18% do mercado mundial de aquisição de carro novo.
Já há alguns anos que o mercado chinês é o maior em termos mundiais, e segundo o estudo este ano vai terminar com cerca de oito milhões de automóveis elétricos no mercado chinês, passando para uma quota que ronda os 35%. Na Europa, que representa o segundo maior mercado mundial, os registos de veículos elétricos aumentaram 15% no ano passado (tinham aumentado 65% até 2021 e uma média anual de 40% no período 2017-2019) para 2,7 milhões.
Para que se perceba melhor como os elétricos se estão a introduzir no mercado, referindo somente países semelhantes em termos de população, a Alemanha (830.000 unidades), está bem na frente do Reino Unido (370.000) e da França (330.000). Já a Espanha ‘apenas’ 80.000 pessoas compraram carro elétrico.
Os países em que mais se compra carros elétricos, em termos relativos face à percentagem do seu mercado, são a Noruega (88%), Suécia (54%), Países Baixos (35%), Alemanha (31%), Reino Unido (23%) e França (21%).
Curiosamente, num País como Portugal em que grande percentagem dos veículos de passageiros e circular tem mais de 20 anos, mas não deixa de ser curioso que Portugal tenha um quota de mercado semelhante à França, mas mais do dobro de Espanha.
Os Estados Unidos são o terceiro maior mercado, cresceram em 2022, em termos relativos, mais do que o europeu e chinês: 55% o ano passado, com 800.000 unidades, alcançando uma quota de quase 8%, após 5% registada em 2021 e apenas 2% entre 2018 e 2020.
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