União Europeia dá passo atrás na taxação de carros elétricos fabricados no Reino Unido
A União Europeia deu um passo atrás da taxação de veículos elétricos fabricados no Reino Unido, depois da pressão exercida sobre os legisladores.
O Reino Unido e a UE são importantes mercados de exportação de automóveis com ligações muito fortes, que acabaram por sofrer um revés com a entrada do Brexit. Na chegada da nova mobilidade, o enfraquecimento dessa ligação não podia acontecer na pior altura. De acordo com as atuais disposições pós-Brexit, que serão introduzidas gradualmente a partir de 1 de janeiro, os veículos elétricos que circulam entre o Reino Unido e a União Europeia serão sujeitos a uma taxa de 10%, se menos de 45% do seu valor for proveniente da região, com o objetivo de incentivar o desenvolvimento da cadeia de abastecimento de baterias da Europa. Num mercado que funciona de forma tão intrínseca, seria impossível encontrar soluções a tempo.
O resultado da regra que agora deverá ser adiada por três anos, segundo a nova recomendação da UE, era significativo. Segundo a ACEA, as novas taxas acrescentariam cerca de 4200 euros ao custo de um veículo elétrico típico de fabrico britânico vendido na Europa e mais de 3900 euros ao custo médio de um veículo elétrico fabricado na UE no Reino Unido. As previsões apontavam para um custo para a indústria automóvel de 4,7 mil milhões de euros, algo incomportável nesta fase. A nova taxa foi adiada até 2027 para dar tempo ao mercado para encontrar soluções.
A recomendação de um adiamento de três anos tem de ser aprovada primeiro pela UE e depois seguida de uma decisão conjunta com o Governo britânico.
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