Um dos maiores ícones da Mercedes-Benz está a comemorar os seus 70 anos
O Mercedes-Benz SL foi lançado em 1952 como um carro de corrida, mas ninguém conseguia prever no que este modelo ia representar para a marca.
É um dos modelos que é de imediato associado à Mercedes-Benz, especialmente se olharmos para aquela geração que aprendemos a conhecer por asas de gaivota. Foi lançado em 1952 como um carro de competição e as letras SL significavam Super Light.
O seu sucesso nas corridas fez com que muitos dos entusiastas da marca quisessem uma versão de estrada e foi assim que nasceu o mítico 300 SL Coupé “Gullwing” (W198), do qual foram produzidas apenas 1.400 unidades e que se vão vendo hoje em leilões, a ser comercializadas por valores com sete algarismos. Pouco tempo depois, a marca mostrou o 190 SL Roadster e em 1957, o 300 SL Roadster (W 198) era um verdadeiro Gullwing em versão descapotável.
Em 1963, com o lançamento do 230 SL, a marca substitui a primeira geração do SL com um modelo mais desportivo e dinâmico, com linhas mais modernas e um patamar de segurança bem mais elevado. O opcional hardtop com que estava disponível tinha pilares bastante finos e um tejadilho mais concavo, semelhante aos traços dos templos da Ásia e foi por essa mesma razão que ganhou a alcunha de Pagode.
A série R107 do Mercedes-Benz SL foi uma das que ganhou mais destaque na América do Norte. Foi o primeiro SL a receber motores de oito cilindros, nas versões 350 e 450 e três anos mais tarde, foi adicionado um mais tradicional bloco de seis cilindros. Esta foi a geração que tornou o SL mais conhecido na América do Norte, ao ser utilizado por J.R. Ewing na série de televisão Dallas, que estreou em 1978. Segundo alguns artigos da época, esta geração do SL era apontada como estando muito à frente do seu tempo, mas como acabou por ser produzida durante cerca de 18 anos, provavelmente, era mesmo esse o objetivo.
Apesar da longa história, foi em 1989 que o Mercedes-Benz começou a ficar mais tecnológico. Os sistemas de segurança do novo R129 já incluíam um arco que se erguia em caso de capotamento e foi um dos modelos com a maior procura, com tempos de espera para entrega de um novo modelo acima de um ano. Foi a primeira geração a incluir um motor V12 e uma versão AMG, também equipada com um V12, mas numa versão de 7,3 litros com 525 cavalos de potência.
A primeira geração do novo milénio contava com um visual mais sofisticado e aproximado dos restantes modelos da gama que agora incluíam faróis dianteiros mais arredondados, mas também com diversos traços estilísticos herdados do primeiro SL e que viriam a tornar-se obrigatórios para futuras gerações deste modelo. Além disso, o R230 estreou um inovador tejadilho retrátil, que lhe permitia combinar um coupé e um descapotável no mesmo automóvel. As duas versões AMG permitiam optar entre um motor V8 e um V12, sendo que, mais tarde, foi mesmo criada uma incrível versão Black Series equipada com um V12 de 670 cavalos e um visual personalizado.
O R231 chegou ao Salão de Detroit com o objetivo de comemorar os 60 anos deste modelo com um novo patamar de conforto e elegância e com soluções tão originais como o tejadilho em vidro que escurecia automaticamente tocando apenas num botão.
A mais recente geração do Mercedes-Benz SL, que está prestes a chegar ao mercado é uma das que mais evoluiu em termos visuais, mas mantem a sua essência inalterada. Continua a ser um descapotável 2+2, que oferece a possibilidade de ser usado diariamente, mas com diversas características de um desportivo, concedidas pela AMG. Já inclui direção nas quatro rodas, um sistema de travagem mais elaborado e os mais recentes sistemas de iluminação. As versões AMG foram as escolhidas para representar o SL logo desde o lançamento, neste ano em que se encontra a comemorar o seu 70º aniversário.
0 comentários