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Thierry Bollore, CEO da Renault, tem o futuro em dúvida

By on 9 Outubro, 2019

Após a Nissan ter nomeado um novo CEO na pessoa de Makoto Ucheda, a Rebnault também quer arrumar a casa e Thierry Bollore pode estar na porta de saída.

Segundo o jornal francês “Le Figaro”, citando fontes anónimas, o presidente da Renault, Jean-Dominique Senard, vai perguntar ao conselho de administração e supervisão para encontrar um sucessor para Bollore. De acordo com as mesmas fontes, a procura de um sucessor para o atual CEO estará na agenda da reunião do conselho no dia 18 de outubro.

Por outro lado, o jornal “Les Echos” refere que a Nissan tem pouca confiança em Thierry Bollore e a relação com Jean-Dominique Senard também não está famosa. Isto porque Bollore sempre foi próximo de Carlos Ghosn e deixou expresso o seu apoio ao ex-CEO da Renault quando este foi preso no Japão em novembro de 2018, o que deixou a Nissan irritada.

Quando Thierry Bollore condenou, imediatamente, a prisão de Carlos Ghosn como parte de uma conspiração da Nissan, imediatamente se percebeu que a aproximação entre japoneses e franceses seria muito complicada.

Também na Renault questionam porque razão Thierry Bollore, protegido de Ghosn, ainda está no comando da empresa enquanto outros executivos próximos do brasileiro já foram todos dispensados. Temos de lembrar que o mandato de Sennard tinha como missão fortalecer a Aliança e limpar a casa.

Para adensar mais o problema, tem havido uma sangria de quadros da Renault, a maioria deles encaminhando-se para o PSA Group, alegadamente, sem contraditório da Renault, piorou a situação de Bollore.

Entre as saídas que enfraquecem a Renault contam-se Thierry Koskas, responsável das vendas e marketing, Arnaud Deboeuf, que está na PSA como lider da estratégia. E se Koskas não fez declarações, Deboeuf deixou claro que foi Bollore quem forçou a sua saída.

Quer isto dizer Thierry Bollore, chegado à Renault em 2012, vindo da Michelin e da Faureccia, e ascendendo rapidamente debaixo da asa de Carlos Ghosn até chegar a COO em 2018 e CEO em 2019, deve estar na porta de saída do construtor francês. Curiosamente, o presidente da Renault também veio da Michelin: Senard era presidente da marca francesa de pneus quando foi resgatado pela Renault. 

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