T-Roc “português” ajuda VW a libertar-se de mil milhões de euros de encargos legais
As vendas de modelos SUV, com particular destaque para o “português” T-Roc, ajudaram a Volkswagen a se livrar de encargos legais de mil milhões de euros e cumprir com as previsões de lucro operacional no primeiro trimestre de 2019.
O EBIT (lucros antes de impostos e serviço de dívida) caiu dos 4,2 mil milhões de euros de 2018 para os 3,9 mil milhões de euros, ainda assim uma queda amortecida pelas vendas dos SUV permitindo que fossem cumpridas as previsões. Aliás, os analistas financeiros elogiam o trabalho da VW, pois comparado com os 30% de queda do lucro operacional da Daimler, por exemplo, a performance da casa de Wolfsburg foi muito boa.
Perante este bom desempenho, a VW acredita que margem de lucro será entre 6,5 e 7,5%, mantendo-se firma na sua previsão de um aumento de vendas e de volume de negócios de 5% em 2019. Previsões que são encaradas como otimistas pela maioria dos observadores. Isto porque o funil em que se tornou a homologação de toda a gama VW segundo o protocolo WLTP, a economia em recuo na China, América do Sul e Rússia e ainda os inúmeros processos judiciais, são riscos reais e complicados para a VW.
Seja como for, com mais este bom resultado, a VW reservou mais mil milhões de euros para cobrir custos legais derivados do Dieselgate, embora essa provisão não esteja relacionada com as acusações a Martin Winterkorn ou a outros quatro ex-executivos da VW.
Contas feitas, as vendas da VW caíram 3% no primeiro trimestre, para 2,55 milhões de unidades, mas os preços mais elevados e as vendas fortes dos SUV ajudaram nos resultados finais do primeiro trimestre. Dizer que a marca VW perdeu 4,5% de vendas, a Audi recuou 3.6% e a Porsche nada menos que 12% face a igual período de 2018. A Bentley, por seu turno, não revelou cifras, mas o porta voz do grupo VW referiu que reverteu as perdas experimentadas até agora, graças ao Bentayga.
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