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A surreal manutenção de um McLaren F1

By on 20 Dezembro, 2017

O McLaren F1 é um superdesportivo surgido em 1992 e que de imediato bateu o recorde de velocidade. Com um nível de performance impressionante, constituiu uma produção limitada. Tendo por base o testemunho de um ex-proprietário, Bruce Weiner, um colecionador de carros que já teve mais de um milhar de automóveis ao longo da sua vida, aqui deixamos alguns dados curiosos sobre os elevadíssimos custos de manutenção e algumas singularidades de um McLaren F1. Conheça-os percorrendo a galeria em cima ou vendo os tópicos em baixo.

André Duarte

Foram feitas apenas 106 unidades do modelo. Bruce Weiner pagou, na altura, o equivalente a cerca de 1 milhão de euros pelo seu. O modelo vinha em cinzento e para mudar a cor para laranja teve de pagar cerca de 280 mil euros – o preço por um processo de pintura que demorou seis meses;

O carro é vendido diretamente da fábrica ao proprietário, não há intermediários; O carro incorpora um sistema que o faz estar ligado à fábrica. Desta maneira, podem controlá-lo remotamente e saber se tem alguma anomalia e, parte delas, solucionarem-nas nessas condições;

Quando o modelo é comprado a primeira inspeção é gratuita. Vão mecânicos diretamente de Inglaterra a casa do proprietário para inspecionar o carro durante alguns dias e fazer uma lista com o que consideram que tem que ser feito no carro. O proprietário escolhe se o carro é depois revisto na fábrica ou num dos dois representantes da McLaren na costa este ou oeste;

Bruce Weiner refere que o McLaren F1 é um verdadeiro carro de competição que foi posteriormente legalizado para poder circular na estrada. Por isso, tem várias peças que têm um tempo de vida específico e que passado esse período têm de ser substituídas, tenham sido muito ou pouco usados, ou mesmo que o carro tenha estado sempre parado;

Entre as peças com ‘prazo de validade’, dá exemplos: célula de combustível (5 anos); extintor; pneus; embraiagem (ideal para cerca de 3000 a 5000 km, mas depois de 3 anos tem de ser substituída);

Ao fim de quatro meses, depois da inspeção, havia várias coisas que ele precisava de fazer, num valor que ascendia aos cerca de 211 mil euros; Por exemplo, tinha que substituir os pneus. Na altura tinham três anos mas apenas cerca de 100 km. O custo de substituição dos pneus era de cerca de 40 mil euros, mas não pelos pneus em si, sim pelo tempo e processo moroso da sua substituição. Num carro convencional os pneus são equilibrados e depois colocados no carro. Num carro de corridas os pneus são colocados e só depois equilibrados, algo que tem que ser feito numa pista. Como não há pneus totalmente iguais, é o sistema de suspensão que é ajustado aos pneus que estão montados no modelo;

Os cerca de 40 mil euros eram o preço total que incluía, entre outras coisas, os seguintes serviços: pneus; aluguer de pista na Carolina do Norte; transporte do carro; contratação de um piloto; contratação obrigatória de ambulância para estar na pista; seguro; mecânicos; A célula de combustível custava cerca de 92 mil euros e um extintor cerca de 675;

O McLaren F1 equipava um motor V12 BMW, 6.1l aspirado a debitar 620 cv. Foram gastas mais de 3000 horas a desenvolver cada peça de fibra de carbono do chassis; O pedal do acelerador foi feito há mão em seis peças separadas de titanium; o painel de instrumentos foi feito e pintado à mão; cada habitáculo foi personalizado à luz do proprietário a que se destinava;

 

 

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