Combustíveis sintéticos são uma garantia de futuro para os motores a combustão?
Numa altura em que se fala de eletrificação total até ao fim da década em grande parte dos fabricantes de automóveis, a Porsche decidiu investir cerca de mil milhões de euros numa coisa chamada “e-fuel”. Em declarações à Evo Magazine, Frank Walliser explicou quais sãos os benefícios deste tipo de soluções.”Os combustíveis sintéticos são muito importantes para reduzir a emissão de CO2. As emissões são muito melhores quando comparadas com os combustíveis atuais devido a um menor número de partículas e NOx produzidos: os combustíveis sintéticos têm entre oito a 10 componentes, enquanto a gasolina tem hoje 30 a 40 e nem todos são bem vindos”, referiu.
A Porsche assumiu o compromisso de desenvolver este tipo de tecnologias no ano passado. Recentemente anunciou uma parceria com a Siemens Energy para a criação deste tipo de combustível. Na casa alemã acredita-se que “o problema não está nos motores de combustão interna, mas sim no combustível que queima”, indicou Michael Steiner, líder da divisão R&D da Porsche.
Na fase piloto do projeto da Porsche, já em 2022, serão produzidos cerca de 130 mil litros, capacidade expansível para 55 milhões de litros em 2024 e para 550 milhões em 2026. A Porsche será o principal cliente deste combustível verde. Outros parceiros incluem a empresa energética AME, a petrolífera ENAP e a italiana, também do setor energético, Enel.
Contudo, a Porsche não está sozinha nesta “luta”. Tal como revela a Evo, também a Audi, McLaren, BMW, Bosch e Aston Martin gostariam de ver este tipo de tecnologia vingar. Por outro lado, a Mercedes, que já produz com a ajuda da Petronas gasolina sintética para a Fórmula 1, afirmou no ano passado que os combustíveis sintéticos não têm futuro para a indústria automóvel.
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