Segundo nova sondagem, objetivos para os elétricos são inalcançáveis dentro dos prazos definidos
Segundo uma sondagem da Automotive Manufacturing Outlook, encomendada pela ABB Robotics, mais de metade dos inquiridos (59%) responderam que não acreditam que seja possível fazer a transição para os Veiculos 100% elétricos nos prazos definidos.
Há ainda muitas questões sobre os veículos elétricos. Que são o futuro, disso não parece haver dúvida, pois a eletricidade é uma forma “nobre” de energia, que permite elevadas taxas de eficiência, termo fundamental para o futuro energético global. Mas é um cenário que não parece ainda palpável, com a tecnologia a dar saltos gigantes, mas ainda a precisar de evoluir mais. Mais ainda, há cenários em que, atualmente, a escolha de um veículo elétrico pode não ser a melhor opção. Mas tem sido feito um esforço tremendo para acelerar uma mudança que se quer em pleno andamento dentro de pouco mais de 10 / 15 anos. O inquérito da ABB mostra que ainda há dúvidas no setor.
Cerca de 600 especialistas da indústria mundial, de fabricantes de veículos, e fornecimentos a todos os níveis de gestão, engenharia e outros profissionais-chave em todo o mundo automóvel, responderam à sondagem.
28% acreditam prazos eram exequíveis, mas também indicaram que haveria desafios significativos, enquanto 18% acreditavam que os objetivos atuais nunca seriam atingidos. Apenas 11% acreditavam que todos os objetivos para a adoção de VE até 2030-2040 eram realistas.
A sondagem também destacou os desafios envolvidos na adaptação a uma nova cadeia de fornecimento de baterias, citada como uma barreira fundamental por 19% dos inquiridos, enquanto 16% tinham preocupações sobre os elevados níveis de investimento de capital necessário.
A escassez de matérias-primas, que neste momento afeta toda a industria automóvel, as poucas infra-estruturas adequadas e a falta de capacidade da rede elétrica constituem as principais questões ainda por resolver. Por outro lado, a falta de infra-estruturas para carga foi citada como a maior restrição à adoção de VE por mais de um quarto (26%) dos inquiridos, enquanto 17% destacaram os preços elevados dos veículos como a principal barreira ao crescimento de VE.
Apesar de mais de metade dos inquiridos mostrarem muitas interrogações sobre um futuro que aparenta estar a ser apressado, a mudança para uma produção sustentável é vista de forma mais positiva – 80% dizem que é exequível, mas desafiante. Apenas 4% consideraram que tal não seria possível. Dos inquiridos, apenas os que se encontram na América (16%) sentiram que o cumprimento da regulamentação era um obstáculo fundamental (em comparação com 7% na Europa e apenas 5% na Ásia). No entanto, quase um quarto (24%) de todos os inquiridos sugeriram que o elevado capital necessário era o principal desafio para alcançar uma produção sustentável.
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