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Salvar a diversão: Híbridos e combustíveis sintéticos podem garantir vida dos modelos térmicos mais desportivos

By on 6 Março, 2024

O futuro acabará por ser elétrico. Não há volta a dar, num mundo em que a energia é cada vez mais um bem precioso, correndo o risco de se tornar escasso. A mobilidade mais eficiente é, sem dúvida, a elétrica. São muitos os que lamentam o fim dos carismáticos motores a combustão. Mas há marcas focadas em dar mais vida aos motores térmicos.

Se já teve oportunidade de experimentar alguns dos novos veículos elétricos, terá de reconhecer que já temos produtos muito bons à disposição, com autonomias já apreciáveis. Os preços não são ainda muito apelativos, mas já há opções que começam a chegar para as carteiras mais pequenas. Apesar dos muitos aspetos positivos, a falta de “alma” dos elétricos é inegável. A falta que o motor de combustão faz, pelas vibrações, pelo som, pelas caraterísticas inerentes, fazem que mesmo as versões desportivas percam alguma piada, algo que os mais apaixonados pelos automóveis lamentam amargamente.

Os fabricantes de automóveis, incluindo a Hyundai, estão a enfrentar desafios devido à regulamentação rigorosa em matéria de emissões e aos impostos mais elevados sobre os automóveis com motores de grande cilindrada na Europa. A Hyundai descontinuou os modelos i20 N e i30 N em resposta à legislação rigorosa.

Mas pode haver luz ao fundo do túnel para os amantes dos ruidosos motores térmicos. O consultor técnico executivo da Hyundai, Albert Biermann, vê potencial nos grupos motopropulsores híbridos para veículos de desempenho, tanto para a Hyundai como para a sua marca de luxo Genesis. Segundo a Motor1.com, deu a entender a possibilidade de eletrificar o Elantra N com um motor mais musculado, mas com uma unidade híbrida. Com esta solução, teríamos o melhor de dois mundos, com uma unidade motriz hibrida, com um motor para nos alegrar as sensações e uma componente elétrica para reduzir as emissões.

Entretanto, a Toyota explora motores de combustão alimentados a hidrogénio, testando protótipos do GR Yaris e do GR Corolla. A empresa austríaca AVL Racetech desenvolveu um motor a hidrogénio de 2,0 litros e quatro cilindros com turbocompressor (405 CV), enquanto a Porsche se concentra na produção de combustível sintético para sustentar os motores de combustão.

Estas soluções não vão servir para salvar o motor a combustão. O futuro não passa por aí. Mas temos de viver no presente e os motores térmicos são ainda fundamentais. Imaginar uma mudança imediata e radical faz pouco sentido. É preciso ajudar os motores térmicos a serem mais amigos do ambiente, fazer uma transição faseada e depois sim com a tecnologia elétrica acessível a todos, adotarmos outras formas de mobilidade. Mas estas soluções poderão, além de garantir uma transição menos abrupta, fazer que os amantes dos carros possam ainda desfrutar das sensações dos motores a combustão por mais tempo. Poderão permitir que a diversão não acabe tão cedo. E num mundo tão sério e tão extremado, é bom saber que poderemos ter ainda alguma diversão na estrada por algum tempo.

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