Salão de Xangai: rivalidade crescente China/Europa
O Salão de Xangai é um marco importante para se ficar a perceber melhor em que ponto poderá ficar a crescente ‘guerra’ entre a China e a Europa no que à indústria automóvel diz respeito.
O confronto entre a indústria automóvel europeia e chinesa tem sido impulsionado por vários fatores, incluindo a concorrência em termos de inovação tecnológica, regulação governamental, comércio internacional e propriedade intelectual.
Não é novidade para ninguém que nos últimos anos, a indústria automóvel chinesa tem se desenvolvido rapidamente, impulsionada pelo crescimento económico do país, em termos de inovação tecnológica. A indústria automóvel chinesa tem-se concentrado em veículos elétricos e condução autónoma, enquanto a indústria automóvel europeia tem investido mais em tecnologias de baixas emissões de carbono.
No entanto, as empresas chinesas continuam a ser acusadas de copiar tecnologias ocidentais, o que gera controvérsia há muito.
Seja como for, é muito difícil contrariar o facto das marcas chinesas serem mais baratas que as europeias, os chineses conseguem baixar os custos de produção de forma impensável na Europa, e depois pouco investem na pesquisa e desenvolvimento, que consome largos milhões aos fabricantes de automóveis europeus, e não só. Mas muito menos os chineses.
É neste contexto que surge o Salão de Xangai, onde os construtores de automóveis chineses em ascensão estarão frente a frente no seu mercado doméstico com as principais marcas europeias. Este regresso é um evento importante no calendário automóvel depois de ter sido abalado pela pandemia da covid-19.
À medida que a concorrência se intensifica em casa, especialmente no que diz respeito aos carros elétricos, as marcas chinesas têm-se concentrado na Europa com VE com boa características e as melhores classificações de segurança NCAP. Algo absolutamente necessário para as marcas chinesas terem bons desempenhos pois a segurança dos carros é primordial para os europeus.
O MG da SAIC Motor, no ano passado duplicou as suas vendas para 113.917 carros na Europa, colocando-a à frente de outros recém-chegados chineses à região, tais como a BYD, Great Wall, Xpeng e NIO. Em Xangai, NIO e Xpeng, juntamente com as marcas de arranque HiPhi e Geely’s Zeek, irão estrear VE com destino à Europa.
Entre as principais estreias dos fabricantes europeus incluem-se o Volkswagen ID7 sedan elétrico, o Porsche Cayenne, que recebe um grande lifting e o Mercedes-Maybach EQS, um SUV ultra luxo destinado aos milionários chineses. Será o primeiro modelo totalmente elétrico da sub-marca.
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