Rimac Nevera entra para o Guinness com recorde em marcha-atrás
Num ano em que o Rimac Nevera conquistou mais de 20 recordes, tendo alcançado um novo recorde de volta para um Veículo Elétrico de produção no Nürburgring Nordschleife, aniquilando por completo o melhor tempo até esta altura, que pertencia ao Tesla Model S Plaid com Track Pack, houve ainda tempo para terminar o ano com um pouco de diversão, tendo a marca decidido passar à ofensiva em marcha-atrás.
Parece estranho que alguém possa querer bater um recorde em marcha-atrás, mas a verdade é que há muito pouco para tentar alcançar para o construtor croata. Testemunhado pelo Guinness World Records e verificado através de dados medidos pela Dewesoft, o Nevera detém agora oficialmente o título Guinness World Records para a velocidade mais alta em marcha-atrás. Com a pintura Time Attack Edition, que está disponível apenas para 12 clientes em todo o mundo, o Nevera foi conduzido a uma velocidade máxima de 275,74 km/h.
O palco escolhido para mais um recorde foi as instalações da Automotive Testing Papenburg, na Alemanha, onde no início deste ano o Nevera bateu mais de 20 recordes de aceleração e travagem num único dia e onde bateu o recorde de velocidade máxima de 412 km/h.
O Rimac Nevera tem um argumento forte para conseguir atingir esta velocidade, uma vez que ao contrário de um automóvel com motor de combustão interna, ou mesmo de alguns automóveis eléctricos, este veículo do construtor croata não tem mudanças e assim os quatro motores elétricos individuais aceleram da mesma forma linear para a frente como para trás, tendo desempenhos semelhantes em qualquer sentido da marcha.
Matija Renić, engenheiro chefe do programa do Nevera, na Bugatti Rimac, explicou que “durante o desenvolvimento, ocorreu-nos que o Nevera seria provavelmente o carro mais rápido do mundo em marcha-atrás, mas rimo-nos disso. Afinal de contas, a aerodinâmica, o arrefecimento e a estabilidade não foram concebidos para viajar em marcha-atrás a grande velocidade. Mas depois começámos a falar sobre como seria divertido experimentar. As nossas simulações mostraram que podíamos atingir mais de 150 km/h, mas não tínhamos muita ideia da estabilidade. Estávamos a entrar em território desconhecido”.
O piloto que esteve aos comandos durante as tentativas para o recorde, Goran Drndak, piloto de testes da Rimac, salientou que teve de habituar à condução em marcha-atrás em alta velocidade e “apesar de ser quase completamente antinatural à forma como o carro foi concebido, o Nevera bateu mais um recorde”. Qual será o próximo?
0 comentários