Renault registou um resultado negativo histórico de 7,3 mil milhões de euros nos primeiros seis meses de 2020
O impacto violento da pandemia de Covid-19 e as enormes dificuldades sentidas pela Nissan, aliaram-se para provocar um prejuízo recorde e histórico de 7,3 mil milhões de euros no primeiro semestre de 2020!
O grupo Renault (que incluem Renault, Dacia, Alpine e Autovaz) vendeu 1,26 milhões de unidades entre janeiro e junho de 2020, ou seja, um recuo de 34,9% que acabou por se repercutir no volume de negócio da casa francesa, que ficou nos 18,4 mil milhões de euros, menos 34,3% face a igual período de 2019.
A casa francesa estima o impacto da pandemia de Covid-19 nos seus resultados em cerca de 1,8 milhões de euros, e o impacto dos resultados da Nissan em 4,817 mil milhões de euros, devido à substancial participação no capital da casa japonesa.
Sobre este resultado, o novo CEO da Renault, Luca de Meo, referiu que “apesar da situação ser inauditas e sem precedentes, isto não é o fim. Todos juntos, a gestão e os nossos colaboradores, estamos determinados a corrigir a situação através de uma disciplina que vai além da redução de custos. Preparar o futuro significa, também, construir uma estratégia e estamos a trabalhar afincadamente nisso. Por isso tenho confiança na capacidade do grupo em recuperar.”
Luca de Meo anunciou que o plano de recuperação da Renault será revelado no início de 2021, lembrando que ainda muita coisa pode acontecer no segundo semestre de 2020. E quando questionado sobre a relação com a Nissan, o italiano foi, como costuma dizer, curto e grosso: “com estes resultados, a primeira prioridade para ambas as empresas é resolver as suas misérias internas.”
Apesar deste recorde negativo nas contas, a Renault destaca que em junho assistiu a um elevado número de encomendas à medida que o confinamento foi sendo levantado, tendo verificado que o Zoe aumentou 50% as vendas face a 2019, estando a Renault no bom caminho para cumprir com as regras de emissões. E convirá lembrar que a Renault já tem em curso um plano de corte de custos desenhado por Thierry Bolloré e pela CEO interina, Clotilde Delbos (que também é a diretora financeira), que tem como objetivo poupar 600 milhões de euros por ano.
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