Renault eWays. Conheça todas as metas de eletrificação da marca francesa para a próxima década
Até 2030 o Grupo Renault quer lançar um total de dez novos modelos 100% elétrico, dos quais 7 vão ter o logo da Renault.
Tal como revelámos ontem, a Alpine vai ter três novos carros elétricos nos próximos anos, contudo, no evento Renault eWays, a marca francesa revelou várias novidades e estratégias para os próximos anos onde o foco é a eletrificação total. A conferência liderada por Luca de Meo mostrou-nos que o Grupo Renault vai lançar 10 novos modelos elétricos até 2030 (7 serão da Renault). Nesta filosofia, o fabricante francês vai também voltar às origens e, para além do já conhecido Renault 5 elétrico, podemos esperar o regresso de, segundo conta de Meo, um “modelo lendário para a marca” que, pela silhueta, deverá ser uma reinterpretação do Renault 4L. De Meo afirma ainda que o Renault 5 vai beneficiar de novos desenvolvimentos criados pela Renault relativamente à mobilidade urbana, detalhes esses que pode ler mais em baixo, o que vai permitir ter um preço 33% inferior ao atual Zoe.
“Serão produzidos dez novos modelos elétricos e até um milhão de veículos elétricos serão fabricados até 2030, desde veículos urbanos de baixo custo, até veículos desportivos de referência. Além da eficiência, apostamos em designs icónicos, como o amado R5 para dar um toque especial da Renault à eletrificação: popularizar os automóveis elétricos”, referiu Luca de Meo, CEO do Renault Group.
Baterias, motor elétrico e plataformas
Para os próximos anos a Renault vai focar-se quase em completo ao desenvolvimento de carros elétricos. Com o apoio das parcerias que revelámos recentemente, o Grupo Renault pretende desenvolver duas novas baterias. Uma, desenvolvida em parceria com a Envision AESC, vai seguir uma filosofia de custo competitivo e segurança, destinada a modelos mais acessíveis como é o caso do futuro Renault 5. Por outro lado, vão criar uma segunda bateria, em parceria com a Verkor, que será de alto desempenho e adequada a segmento C e superiores da gama Renault e Alpine. Em menos de 10 anos, o Grupo reduzirá os seus custos, paulatinamente, em 60% ao nível do pack, com uma meta abaixo dos 100 dólares/kWh, em 2025, e mesmo abaixo dos 80 dólares/kWh, enquanto prepara a chegada da tecnologia de baterias sólidas à Aliança, em 2030.
Ao nível de unidade motriz, a Renault vai ter duas vertentes. Relativamente a carros elétricos, o Grupo está a trabalhar numa e-motorização mais compacta. Esta vai integrar o e-motor, redutor e eletrónica de potência tudo num pacote, ao contrário do que acontecia até então. Este vai permitir reduzir até 30% o custo total do componente e vai garantir uma autonomia elétrica de 20 km extra. Por outro lado, com o apoio da start-up francesa Whilot, vão desenvolver um novo e-motor elétrico com fluxo axial que será aplicado, numa primeira fase, a modelos híbridos plug-in. O objetivo passa por reduzir 5% os custos, enquanto economiza até 2,5g de CO2.
Os dois componentes falados em cima serão instalados em duas novas plataformas: CMF-EV e CMF-BEV. A primeira, será focada no prazer de condução de alto desempenho em segmentos C e D. A esperança da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, que vai partilhar este componente, é que esta plataforma equipe 700 mil unidades até 2025. A CMF-EV vai oferecer uma autonomia de até 580 km.
Quanto à CMF-BEV, para o segmento B, vai permitir reduzir o preço dos carros elétricos. Com um custo 33% mais reduzido, a expectativa é que esta seja a base de 3 milhões de veículos por ano até 2025 com possibilidade de conferir até 400 km em WLTP.
Por fim, o objetivo do Grupo é chegar ao mix mais “verde” do mercado europeu em 2025, com mais de 65% de automóveis elétricos e eletrificados no seu mix de vendas e até 90% de automóveis elétricos a bateria no mix de vendas da marca Renault, em 2030.
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