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Renault está a preparar-se para um futuro mais global

By on 5 Novembro, 2023

A Renault está a preparar-se para o futuro e já tem delineada a sua estratégia global. Para isso, vai investir 3,2 mil milhões de dólares para impulsionar a sua atividade fora da Europa e nesse contexto o Kardian será o primeiro automóvel novo da Renault a nível mundial, assente numa plataforma desenvolvida a partir das bases dos pequenos automóveis Clio e Sandero vendidos na Europa, a Plataforma Modular Renault (RMP).

Paralelamente, a aliança de décadas da Renault com a Nissan foi reduzida este ano, com a Renault a reduzir a maior parte da sua participação na Nissan, que lhe dava o controlo da empresa japonesa, para criar uma parceria mais igualitária. Até ao final do ano, a organização de compras conjuntas dos fabricantes de automóveis deixará de funcionar e será substituída por uma cooperação baseada em projetos.

Nesse contexto, a Renault teve de repensar as suas vendas e produção globais, fazer mais “dentro de casa” e trabalhar com o seu novo parceiro para os motores de combustão, a Geely.

Na América Latina, Índia, Norte de África e Ásia a Renault planeia lançar 5 novos modelos na Plataforma Modular Renault (RMP). Também já é público que a Renault e a Geely estão a criar uma empresa comum para desenvolver motores a gasolina e tecnologia híbrida.

Recentemente a Renault apresentou um segundo modelo baseado na sua plataforma, com a pick-up Niagara Concept, equipada com a nova tecnologia híbrida E-Tech Full Hybrid 4WD.

A Renault planeia ainda lançar um novo veículo comercial ligeiro baseado na plataforma do furgão Master vendido no Brasil.

Dois novos modelos com base na plataforma CMA da Geely serão construídos na fábrica da Renault em Busan, na Coreia do Sul. Estes modelos serão exportados para mercados principalmente na Ásia e no Médio Oriente.

A Renault chama à sua nova estratégia global ‘International Game Plan 2027’ e os principais objetivos desse plano incluem a redução da dependência do fabricante de automóveis, da Europa, que representa atualmente cerca de 70% das suas vendas de veículos, e a redução de custos através de uma melhor utilização das sinergias.

Como resultado de tudo isto a Renault vai investir na construção de oito novos modelos, no relançamento mundial.

Depois do que ‘aprendeu’ com a falta de sincronização em investimentos anteriores, a Renault quer agora muito maior flexibilidade e nesse particular a Plataforma Modular Renault (RMP) é fundamental pois possibilita um melhor controlo dos custos e das sinergias devido à sua flexibilidade. Esta plataforma pode sustentar veículos com comprimentos de 4 a 5 metros e distâncias entre eixos com quatro opções diferentes de 2.6 metros a 3 metros.

A unidade dianteira será a mesma para todos os veículos, enquanto a parte central da carroçaria tem quatro versões e a traseira tem três. A plataforma pode acomodar vários grupos motopropulsores: gasolina, flex fuel (mistura de gasolina e etanol usada no Brasil), GPL, híbridos leves e Full-Hybrid.

Por fim, os elétricos. A Renault pretende também aproveitar a crescente sensibilização para o ambiente nos seus mercados globais para aumentar as vendas de automóveis eletrificados. Segundo a Renault, até 2027, os veículos elétricos e híbridos deverão representar um terço das vendas fora da Europa.

Quanto à Nissan, os atuais projetos conjuntos incluem a produção de veículos Renault e Nissan na fábrica da Renault em Chennai, na Índia, e a montagem de pickups Nissan na fábrica da Renault na Argentina. Segundo a Renault, as suas eventuais parcerias de futuro serão vistas ‘caso a caso’.

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