Renault aposta nos sintéticos… a pensar na Dacia
A Renault já anunciou que pretende fazer a transição energética até 2030, ano a partir do qual o construtor francês irá comercializar apenas veículos elétricos. No entanto, a marca está a trabalhar com a ARAMCO no desenvolvimento de combustíveis sintéticos. Pode parecer estranho uma marca que aposta forte nos elétricos estar a desenvolver combustíveis sintéticos, mas a resposta é simples.
Com combustíveis sintéticos, a Dacia poderá prolongar a comercialização de motores térmicos e assim manter o seu propósito que é de dar aos consumidores opções mais baratas. O mundo dos elétricos tem-se revelado fascinante, mas é um mundo que nem todos os consumidores podem entrar. Com os preços médios dos EV a rondarem os 40 mil euros (gamas de entrada), os consumidores com bolsas mais pequenas ficam de fora desta equação e escolhem tendencialmente motores térmicos.
A Dacia apostou numa fórmula que se revelou bem sucedida, com carros baratos, que têm vindo a ganhar mais qualidade e interesse. O preço, esse, mantém-se sempre abaixo da média. Aliás, a Dacia tem um elétrico disponível a partir dos 20 mil euros (Spring), mas a aposta dos motores térmicos é claramente superior, com o Duster, Logan e Sandero.
Luca de Meo tinha pedido para atrasar a entrada em vigor da obrigação de venda de veículos elétricos de 2035 para 2040, a pensar na Dacia. Com os combustíveis sintéticos, a solução parece mais simples permitindo uma mudança mais gradual da Dacia para os elétricos, conseguindo sempre manter preços abaixo da média.
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