Quota de mercado de carros elétricos: Portugal bem posicionado na UE, apesar dos rendimentos…
Ainda há poucos dias publicamos um artigo relativo ao facto de grande percentagem dos veículos, especialmente automóveis de passageiros e circular em Portugal terem mais de 20 anos, mas não deixa de ser curioso que apesar do País estar pouco acima do conjunto dos países com menores rendimentos líquidos (entre 12.000€ e 20.000€, mais precisamente 14.897€) a verdade é que em termos de quota de mercado de veículos elétricos, estamos com 21.7%, mais que, por exemplo, França, mais do dobro de Espanha, e só abaixo de Países como a Alemanha, Países Baixos, Bélgica, Finlândia e Suécia, isto referindo somente os Países da União Europeia.
Como é lógico, a ‘aceitação’ no mercado de veículos eléctricos (VE) está diretamente ligada ao rendimento líquido anual, demonstrando-se claramente que a acessibilidade é um factor significativo para desencorajar as compras por parte dos consumidores de Veículos Elétricos, mas Portugal é quase um ‘caso de estudo’.
Entre as principais conclusões dos últimos dados da ACEA, Associação Europeia de Construtores de Automóveis, os VE representam 21,6% dos automóveis novos registados na UE em 2022, mas têm apenas uma quota de mercado de 9% ou menos em mais de metade dos estados membros. Portugal está muito ligeiramente acima da média europeia, que varia dos 3.7% da Eslováquia para os 56.1% da Suécia.
Em países onde os VE têm uma quota de mercado inferior a 9%, tais como vários países da Europa Central e Oriental e do Sul, como a Grécia, Itália, Polónia e Croácia, o rendimento líquido médio anual é de cerca de 13.000 euros por trabalhador.
Com um rendimento líquido de 14.897€, Portugal tem uma quota de VE de 21.7%.
As quotas mais elevadas (mais de 30%) estão concentradas em apenas cinco países da Europa do Norte e Ocidental, onde o rendimento líquido anual ultrapassa os 32.000 euros.
Na Suécia, onde o rendimento líquido anual é superior a 35.000 euros, mais de metade dos automóveis recentemente registados são VE. Em contraste, os VE têm uma quota de mercado de apenas 4% na Bulgária, onde os rendimentos líquidos são de cerca de 7.000 euros.
Estes números confirmam disparidades significativas na acessibilidade aos VE entre diferentes regiões da Europa, com a Europa do Norte e Ocidental a liderar com as quotas mais elevadas e a Europa Central e Oriental e do Sul a representar as quotas mais baixas. Portugal é uma boa exceção, apesar dos baixos rendimentos.
Top 5 países com a menor quota de VE+rendimento líquido médio anual
Eslováquia: 3,7% – 10.985 euros
República Checa: 3.9% – €13,836
Bulgária: 4,0% – 7,272 euros
Polónia: 5,0% – 10,782 euros
Croácia: 5,0% – 10,391 euros
Top 5 países com maior quota de VE+rendimento líquido médio anual
Suécia: 56,1% – 35.486 euros
Dinamarca: 38.6% – €39,274
Finlândia: 37.6% – €33,155
Países Baixos: 34.5% – €40,312
Alemanha: 31,4% – 32.850 euros
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