PSA Group vê margem operacional subir para 8,7% no primeiro semestre de 2019
Contas feitas, a margem operacional do PSA Group (Peugeot, Citroen, DS e Opel) aumentou para recordistas 8,7% nos primeiros seis meses de 2019, levando a faturação para 3,34 mil milhões de euros.
Um resultado fantástico para a gestão de Carlos Tavares, o CEO do PSA Group, pois apesar das assumidas fraquezas em alguns mercados, especialmente a China, e a necessidade de brutais investimentos da eletrificação para cumprir as regras draconianas e sem sentido da União Europeia, o primeiro semestre de 2019 foi recordista. Ainda por cima, as vendas contraíram quase 13% neste primeiro semestre face a igual período de 2018, para 1,903 milhões de unidades, refletindo recuos assinaláveis na China e na América Latina.
Refletindo sobre o resultado apurado, Carlos Tavares disse aos jornalistas presentes na apresentação dos resultados do grupo que, “como podem imaginar, apesar deste número simpático, continuamos a discutir e a deixar claro que não estamos felizes com tudo o que fazemos. Eles (os membros do conselho de administração, ndr) aceitam que continuemos a forçar para levar a empresa na direção certa. Queremos ser um bom construtor automóvel, não o maior, mas o mais eficiente do mundo!”
O CEO do grupo francês reclama sucesso nos objetivos que se impôs, nomeadamente, na melhoria da quota de mercado nos maiores mercados europeus e fazer melhorias significativas na satisfação do cliente.
Isto não quer dizer que Carlos Tavares esteja desapercebido dos desafios globais que terá de enfrentar, nomeadamente, a perda de mais de metade de quota de mercado na China, agora nos 0,5%. O abrimos que se abriu debaixo das vendas dos diesel, o enorme investimento na eletrificação da gama e o significativo excesso de produção de algumas fábricas, como as britânicas da Opel, são problemas complicados para o CEO do grupo PSA.
Carlos Tavares aproveitou a apresentação dos resultados para voltar a criticar os reguladores mundiais do mercado, como a União Europeia, por criarem um “caos regulamentar”. Sustenta o português que “estamos numa situação onde não temos novidades sobre mudanças regulamentares. Como é que sabemos que daqui a um par de anos alguém vem impor-nos outra tecnologia? Tem-nos imposto uma determinada tecnologia que exige absurdos investimentos e um risco enorme.”
O CEO português do PSA Group foi mais longe dizendo que “claramente todos os que não se prepararam para as normas europeias do CO2 vão conhecer dificuldades. Nós temos estado a trabalhar no assunto nos últimos 18 meses e tambºem já estamos preparados para as mudanças no WLTP.” O PSA Group está a camijnho de ter 29% da sua gama eletrificada em 2020 e 100% em 2025, confirmando-se que haverá uma diminuição de diversidade e complexidade na oferta do grupo. Recordamos que o grupo PSA tem 62 modelos espalhados pelas marcas do grupo e que esse número será reduzido para 49 em 2019 e para 41 em 2025.
Quanto ao negócio Jaguar Land Rover, Carlos Tavares não comentou, dizendo apenas que “o PSA Group está, evidentemente, aberto a aquisições e a fusões. Mas não fazemos negócios para satisfazer os egos dos nossos executivos. Estamos prontos e capazes de implementar sinergias e criar valor. Estamos prontos para tudo, mas não estamos a querer fazer nenhuma aquisição e não precisamos de fazer nenhuma aquisição.”
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