Porsche apresentou resultados e lucros de 4,4 mil milhões de euros
O ano de 2019 foi de importantes decisões estratégicas para a Porsche e de resultados recorde.
Contas feitas, a Porsche aumentou as vendas, as receitas e o resultado operacional. Foram vendidas 280.800 unidades em 2019, mais 10% que em 2018. A receita total foi de 28,5 mil milhões de euros, resultando daqui um lucro operacional (antes de juros e impostos) de 4,4 mil milhões de euros, ou seja, mais 15,4% nas vendas e mais 3% no lucro. A Porsche aumentou a sua força de trabalho 10% para 35.429 colaboradores.
A questão do Dieselgate acabou por prejudicar, ligeiramente, o lucro apurado que com os 0,5 mil milhões de euros descontados por estes custos, ficou, assim, em 3,86 mil milhões de euros.
O modelo mais vendido da Porsche foi o Macan, com 99.944 unidades (mais 16%), seguindo-se o Cayenne com 92.055 veículos (mais 29%). Em termos de mercado, a Alemanha sentiu um crescimento de 15% para 31.618 unidades, enquanto que na Europa, foram vendidos mais 15% que em 2018, com 88.975 carros. Na China, foram vendidas 86.752 unidades, mais 8%, enquanto que nos EUA, o crescimento foi de 8% para 61.568 veículos.
A Porsche, até 2024, vai investir 10 mil milhões de euros na eletrificação da sua gama, confirmando que o próximo modelo elétrico será o Taycan Cross Turismo. O novo Macan também foi confirmado passar a ser totalmente elétrico na próxima geração, acreditando os responsáveis da casa de Zuffenhausen que em meados da década (2025) metade da sua gama seja já proposta, exclusivamente, com motorização elétrica ou híbrida Plug In.
Lutz Meschke, diretor financeiro da Porsche, referiu que “durante os próximos meses, iremos enfrentar um ambiente desafiante em termos políticos e económicos, não apenas devido a alguma incerteza relativamente a este coronavírus” acrescentando que “com medidas que vão incrementar a eficiência e ao desenvolvermos novas e rentáveis áreas de negócio, continuamos a apontar em alcançar o nosso objetivo estratégico de conseguir uma margem de lucro operacional de 15 por cento.”
O diretor financeiro da Porsche revelou que “em 2019 alcançámos novos valores recorde em termos de receitas de vendas e lucro antes de alguns acontecimentos extraordinários. O aumento nos lucros é devido, em particular, ao forte crescimento em volume, assim como ao desenvolvimento positivo de outros dos nossos negócios em outros campos e divisões. Ao mesmo tempo, os elevados custos fixos, causados pelo nosso crescimento, investimentos significativos na eletrificação e digitalização, e efeitos cambiais, tiveram um impacto negativo no resultado. Mas ainda assim, voltámos a superar as nossas metas estratégicas com um retorno de 15,4 por cento nas vendas e um retorno de 21,2 por cento no investimento.”
Já Oliver Blume, o CEO da Porsche, referiu que “como pioneira na mobilidade sustentável, a Porsche implementou medidas importantes nos últimos anos. 2019 assistiu à introdução de vários novos produtos emotivos. Além de outras coisas, lançámos o Taycan, o nosso primeiro automóvel desportivo totalmente elétrico. Fruto da nossa atrativa gama, constituída por eficientes automóveis a gasolina, híbridos plug-in de alta performance e, agora, automóveis desportivos puramente elétricos, as nossas vendas voltaram a crescer em 2019. Porém, o nosso principal objetivo é o crescimento e criação de valor. Aumentámos os nossos resultados em mais de 60 por cento ao longo dos últimos cinco anos. Isto permite-nos criar pré-requisitos para preencher totalmente as nossas responsabilidades empresariais nas áreas económicas, ecológicas e sociais.” E sobre o Taycan, Blume esclareceu que “recebemos cerca de 30 mil pedidos de proposta pelo Taycan antes da sua estreia mundial em setembro e mais de 15.000 clientes já assinaram os seus contratos de compra. Estamos confiantes de que isto irá gerar uma elevada procura em 2020 como resultado da capacidade de atração do Taycan e do resto da gama.”
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