Os ‘mil e um’ sensores de um automóvel
Os modelos estão tecnologicamente cada vez mais evoluídos, saindo das fábricas com uma parafrenália de detalhes tecnológicos que muitas vezes dão que pensar e, parte deles, podemos nem saber ao certo o seu propósito de funcionamento. Não é para nos assustarmos, é normal que assim seja. Um desses casos são os sensores de que um veículo vem munido, quase dando a ideia de que há um sensor para todo o tipo de ocorrências. Nesse sentido, aqui deixamos uma lista com alguns tipos de sensores que hoje estão no ADN da maior parte dos veículos e sua respetiva funcionalidade. Conheça-os percorrendo a galeria em cima ou vendo os tópicos em baixo.
André Duarte
Fonte: Seat
Sensor da Taxa de Guinada: determina se o veículo está a desenvolver uma tendência para girar em torno do eixo vertical. Ajuda a unidade de controlo ESC a determinar o estado de dinâmica de condução atual do automóvel. Para tal, tem de ser colocado perto do centro de gravidade do veículo;
Sensor de Chuva: regula a frequência de limpeza automaticamente consoante a intensidade da chuva. Em alguns modelos o sensor está localizado na base do espelho retrovisor interior. As vantagens do sensor de chuva são a comodidade e segurança. O condutor pode concentrar-se totalmente no trânsito sem ter de reajustar a frequência do limpa pára-brisas;
Sensor de Detonação: previne a combustão espontânea perigosa. O efeito de detonação é causado pela combustão descontrolada fora do ciclo normal que causa temperaturas locais extremas no cilindro. Este calor elevado provoca uma forte tensão nos componentes do motor, tais como pistões, válvulas e cabeça do cilindro, podendo causar danos. O sensor de detonação regista a vibração do funcionamento do motor e converte essa vibração em impulsos elétricos que são interpretados pela Unidade de Comando de Motor permitindo a esta adaptar e melhorar o funcionamento do motor obtendo-se assim maior longevidade do conjunto e conforto geral;
Sensor do Ângulo de Rotação: deteta alterações na direção do veículo para a esquerda ou direita. Esta informação, combinada com sinais provenientes dos sensores de velocidade das rodas que indicam a distância percorrida, permite à unidade de controlo de navegação calcular o percurso efetuado e o raio de viragem. Estes dados são utilizados para navegação estimada. Torna o posicionamento do veículo mais preciso e permite que o cálculo do percurso continue em situações em que o veículo não consiga receber sinais GPS;
Sensores das Rodas: medem as rotações por minuto (rpm) das rodas. Os vários sistemas funcionam com base nos sinais transmitidos pelos sensores de velocidade das rodas. Assim, o funcionamento do sistema de travagem antibloqueio (ABS) e do sistema de controlo de tração (TCS) e o controlo eletrónico de estabilidade (ESC) estão dependentes das informações sobre a velocidade das rodas. Os sistemas de navegação também beneficiam dos sinais transmitidos por estes sensores. É a partir dos mesmos que calculam a distância percorrida e a velocidade do veículo. Os sensores de velocidade das rodas dividem-se em sensores ativos e passivos, embora atualmente a utilização dos sensores ativos prevaleça, devido às suas propriedades técnicas, tais como precisão e tamanho reduzido. O funcionamento dos sensores ativos requer uma fonte de alimentação adicional, enquanto os sensores passivos funcionam sem uma fonte de alimentação externa;
Sensores de Colisão: detetam uma colisão e convertem-na em sinais utilizáveis em milissegundos. As forças de aceleração que atuam nos sensores após uma colisão podem atingir um máximo de 100 G (100 vezes a força gravitacional da terra). Quando um veículo para abruptamente num impacto, todos os corpos ou objetos que não estejam firmemente fixos ao automóvel irão continuar a mover-se à velocidade do impacto. Os sensores medem esta aceleração e transmitem-na à unidade de controlo como dados utilizáveis. Muitos dos nossos automóveis estão equipados com sensores de pressão ultrarrápidos nas portas dianteiras para detetar uma colisão lateral, que empurra o painel exterior da porta para dentro, criando pressão em excesso. Existem também sensores de aceleração próximo dos pilares C para que as colisões laterais, que não causam deformação das portas dianteiras, possam ser detetadas a tempo e sejam ativados os sistemas de retenção em tempo útil;
Sensores de Estacionamento: alertam para obstáculos atrás do automóvel e, em alguns modelos, também à frente. É ativado um som de aviso intermitente por sensores ultrassónicos nos pára-choques quando o veículo fica a determinada distância de um obstáculo, algo que depende de cada marca de próprio veículo. À medida que o automóvel se aproxima, o tom de aviso acelera. Quando se está pertíssimo do obstáculo passa a ouvir-se um som de aviso contínuo. O sistema de aviso de distância de estacionamento traseiro é automaticamente ativado quando se coloca o veículo em marcha-atrás;
Sensores de Luminosidade – Faróis automáticos: deteta os níveis de luminosidade e liga automaticamente os faróis quando os níveis de luminosidade baixam. O sistema de sensores de luminosidade está instalado por trás do espelho retrovisor interior. Os faróis têm de estar na posição ‘auto’ para que os sensores de luz funcionem. Os faróis desligam automaticamente quando detetam que existe luz suficiente;
Sensores Pré-Colisão: quando numa situação de acidente, estes acionam os sistemas de proteção para os passageiros. O sistema conta com uma Unidade de Controlo dos Airbags que decide se os sistemas de proteção devem ser acionados e faz disparar os airbags e os pré-tensores dos cintos em conformidade. O sistema tem um sensor dentro da Unidade de Comando de AirBag instalada no centro do automóvel, bem como sensores externos. Estes fornecem sinais à Unidade de Controlo permitindo o cálculo da taxa de desaceleração. Esta medida é utilizada como fonte de informação adicional para determinar a gravidade do impacto, para poder decidir quais os sistemas a accionar;
Sensor Qualidade do Ar: integra o sistema de ar condicionado em alguns modelos e tem o propósito de medir os poluentes, sob a forma de gases oxidáveis ou redutíveis, no ar do exterior do automóvel. Os gases oxidáveis incluem monóxido de carbono, hidrocarbonetos (vapores de benzeno ou gasolina) e outros componentes combustíveis não queimados completamente. Se a qualidade do ar exterior descer, o sistema de controlo ativa o modo de recirculação de ar do Climatronic, impedindo que o ar poluído entre no veículo e mantendo a qualidade do ar no interior do mesmo;
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