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Opel GT X Experimental: o futuro da Opel

By on 22 Agosto, 2018

O futuro está aí, ao virar da esquina e desde que o PSA Group adquiriu a Opel e a Vauhxall à General Motors, muita coisa já mudou nas duas marcas do portfólio do grupo francês. Primeiro sinal é o novo plano estratégico “PACE!”, cujo primeiro produto é este protótipo de “Brand Concept” que vem antecipar aquilo que será na nova linguagem de estilo da casa alemã e, também, a nova atitude da Opel face ao mercado.

Ainda assim, como reclama a casa de Russelsheim, os valores da Opel estão todos expressos no GT X Experimental: marca alemã, acessível e emocionante. Talvez por tudo isto este protótipo é muito mais que apenas um… protótipo. Além de marcar de forma indelével a plena integração da Opel na PSA é, também, a maneira que foi encontrada para dizer ao mercado que os novos modelos da Opel terão uma muito maior liberdade no que toca ao estilo do que tinha até agora.

Assumindo as formas de um SUV elétrico de cinco portas com perfil coupe, o GT X Experimental é muito semelhante, apesar da diferença de proporções, ao espetacular protótipo GT Coupe de duas portas que a Opel lançou em 2016. Não é por acaso que este “concept car” se chama GT, sendo adicionado o X para justificar a sua forma mais robusta e determinar a sua função de crossover.

Seja como for, este GT X é muito mais prático ao oferecer um interior que exibe lugares para quatro pessoas e uma bagageira mais generosa. O carro tem 4,06 metros de comprimento o que o faz ser mais curto cerca de 14 cm face ao SUV do segmento B da Opel, o Mokka X. Com 1830 mm de largura, 1528 mm de altura e uma distância entre eixos de 2625 mm, o modelo é muito compacto e aproveita o facto de ser um modelo elétrico para exibir uma habitabilidade generosa num tão curto espaço.

Tem tração dianteira, tem uma bateria de 50 kWh colocada no chão do carro, num chassis típico de um modelo totalmente elétrico e que, quando chegar á produção, terá uma autonomia próxima dos 300 quilómetros. Oferece, também, condução autónoma de Nível 3, ou seja, é capaz de encarregar-se de todas as vertentes da condução, mas o condutor tem de estar presente e em condições de responder a uma solicitação de intervenção.

Uma vez mais foi Mark Adams, o vice-presidente para o estilo da Opel, quem desenvolveu a nova linguagem de estilo da casa alemã, influenciada pelo novo lado alemão, associando pureza à emoção. Por isso mesmo, reclama a Opel, no GT X Experimental, cada função e cada módulo foram pensados com a intenção de alcançar a pureza de estilo, descartando elementos que só adicionam ruido e confusão.

Como podem reparar nas fotos, o GT X exibe as cores tradicionais da Opel, cinza, preto e amarelo, distribuídos pela carroçaria pintada de cinzento e o tejadilho e capô dianteiro lacados em preto, com uma faixa amarela a dividi-los ao longo de todo a zona entre o capô dianteiro e a ilharga traseira.

Num exercício que não deverá chegar ao hipotético modelo de produção ou permanecer na linguagem de estilo da Opel, todos os puxadores e espelhos retrovisores foram descartados e as linhas de corte (portas, capô e tampa da mala) foram suavizadas com as portas traseiras a partilharem o corte com a bagageira, tendo a Opel revisitado uma solução conhecida do anterior Meriva, as portas de abertura antagónica. O friso amarelo junto ao capô alberga pequenas câmaras que substituem os espelhos exteriores.

As jantes de 17 polegadas parecem muito maiores devido ao anel de borracha exterior, há formas geométricas colocadas na parte traseira da embaladeira do lado do condutor, sendo que uma delas tem um LED que mostra a carga da bateria, o emblema da Opel permanece fixo quando as rodas estão em andamento, enfim, há uma série de detalhes que tornam esse Opel GT X num veículo muito agradável á vista.

O Opel GT X mostra, pela primeira vez, o novo tema que dá forma às secções dianteira e traseira dos modelos vindouros da Opel. O ‘Opel Compass’ (bússola) dispõe os elementos de ‘design’ de acordo com dois eixos fundamentais que se ligam ao logótipo. O vinco central do capô representa o eixo vertical, prolongando-se por baixo do logótipo. No eixo horizontal estão alinhadas as luzes diurnas, que mantêm a forma de ‘asa’. A secção traseira reproduz este arranjo, com o logótipo a funcionar como base com a qual estão alinhados os farolins, a antena ‘barbatana’ e o vinco pronunciado do para-choques.

Há, também, o “Opel Vizor” ou viseira. Sob a forma de um único módulo, por trás de um vidro escurecido, o ‘Opel Vizor’ integra todos os componentes de tecnologia e da marca como o emblema iluminado com LED (estes LED mudam de cor para sinalizar o modo de funcionamento do automóvel), bem como os faróis de matriz de LED, as luzes diurnas e todas as câmaras e sensores dos sistemas de assistência e de condução autónoma. Este módulo ocupa a secção dianteira do automóvel a toda a largura, logo abaixo do capô. Ambas as ideias estarão presentes nos modelos que vão surgir a partir de meados de 2020.

Já o habitáculo segue os mesmos princípios adotados pelo exterior, num exercício eficaz de simplificação. Envolta pelo grande para-brisas panorâmico e vidros laterais contínuos, a interior esconde com linhas simples a tecnologia do equipamento. O painel de instrumentos destaca-se num tabliê que forma um módulo que replica o “Opel Vizor”. A Opel deu-lhe o nome de “Pure Panel”. Este tabliê, de dimensões consideráveis, é constituído por uma única superfície, mostrando que a multiplicidade de ecrãs, teclas e comandos dos automóveis atuais pode tornar-se obsoleta. O ‘Pure Panel’ dá acesso a toda a tecnologia mais recente e fornece a informação necessária eliminando todos os elementos visuais de distração. O posicionamento das saídas de ar, escondidas atrás dos ecrãs, permite criar um tabliê de superfície única. Nos extremos do tabliê estão colocados dois ecrãs ligados às respetivas câmaras exteriores que substituem os espelhos retrovisores. O desenho do volante reproduz o tema ‘Opel Vizor’ no módulo central. Tal como os emblemas das rodas, o emblema do volante também está sempre direito, independentemente da rotação do aro. Os bancos parecem flutuar no habitáculo, reforçando a aparência sofisticada de todo oespaço. Os altifalantes, colocados junto aos encostos de cabeça, são amovíveis.

«O Opel GT X Experimental dá corpo aos nossos valores de marca alemã, acessível e emocionante. É um protótipo “acessível”, no sentido em que representa um automóvel com o qual as pessoas se identificam. Tem linhas e formas puras e marcantes, com tecnologia avançada que simplifica a utilização. De uma maneira clara, este protótipo deixa transparecer um futuro muito promissor para a marca», afirmou Mark Adams, o “pai” deste Opel GT X Experimental.

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