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Ola Kallenius quer reduzir elementos de gestão e congelar salários na Mercedes

By on 11 Novembro, 2019

A Daimler vai enfrentar um rigoroso plano de redução de custos e Ola Kallenius parece que tem na mão uma “faca” longa para cortar seriamente as “gorduras” da casa alemã.

Segundo notícias do “Suddeutsche Zeitung”, citando um email enviado pelo conselho de supervisão, a Mercedes irá cortar 10% dos postos de trabalho de gestão, ou seja, 1100 postos de trabalho, e congelar os ordenados de 300 mil trabalhadores na Alemanha. Noticia que não foi desmentida pela Daimler e confirmada pelo “Handelsblatt” e pela agência noticiosa alemã, DPA. 

Após receber o cargo de Dieter Zetsche, Ola Kallenius tem estado a avaliar as condições da Mercedes e entre várias ações de recolha de veículos, acusações de cartel no desenvolvimento de tecnologia tendente a reduzir as emissões poluentes e multas devido á utilização de software ilegal nos motores diesel, entre outros problemas, chegou a vez de emagrecer a folha de pagamentos.

Ola Kallenius, dizem algumas fontes, pediu aos sindicatos que não exijam aumentos salariais pois a Mercedes enfrenta dificuldades com as guerras comerciais e todos os problemas acima descritos. 

A Mercedes fez uma provisão de 2,6 mil milhões de euros para cobrir as despesas com os problemas dos carros a gasóleo depois da KBA ter forçado a recolha de 60 mil GLK. Uma provisão suficiente para afetar as contas da Mercedes que no segundo trimestre conheceu uma perda efetiva de 1,2 mil milhões de euros, o primeiro trimestre negativo nos últimos 10 anos.

Claro que os sindicatos e os trabalhadores não gostaram destas notícias e Michael Brecht, membro do conselho de supervisão da Daimler por parte dos sindicatos, referiu que “este pedido fez disparar emoções e um elevado nível de imcompreensão” e apesar de perceber que há a necessidade de cortar custos, Brecht entende esta decisão de Ola Kallenius como “desproporcional face á situação financeira da empresa e, por isso, a rejeitamos categoricamente.”

As discussões sobre o tema continuam entre o CEO e o representante dos sindicatos no conselho de supervisão, mas o acordo está complicado e Brecht teve uma tirada que deixa claro qual o ambiente dentro da Daimler. “É como o Inverno, ainda não chegámos ao tempo da neve e do gelo, mas continua a ficar cada vez mais escuro e as nuvens cada vez mais negras…”

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