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Novo Volkswagen Polo – Apresentação Nacional

By on 28 Setembro, 2017

Volkswagen Polo – Apresentação Nacional

Texto: Francisco Cruz

Quando maior é mesmo melhor!

Até aqui o modelo mais vendido da marca alemã em Portugal, o Volkswagen Polo acaba de chegar a Portugal naquela que é a sua sexta geração – maior, melhor, e, por isso, também mais apetecível. Mesmo se com um preço que pouco muda face à anterior geração e que, como tal, mantém este agora ainda mais “mini-Golf”, como um dos carros mais caros do segmento.

Dado a conhecer, pela primeira vez, em 1975, o Volkswagen Polo é, actualmente, um dos modelos de maior história no construtor de Wolfsburgo. Desde logo, graças a um percurso iniciado há já 24 anos, durante os quais foram dadas a conhecer não mais que cinco gerações. Mas que, ainda assim, não impediu que tenham sido já vendidas mais de 14 milhões de unidades, 195 mil das quais, só em Portugal.

Com um tal passado e, ainda para mais, a prometer importantes melhorias nesta nova geração que se prepara para iniciar comercialização entre nós já na próxima semana, tornam-se assim mais compreensíveis as ambições do importador nacional para este novo Polo. Que, conforme revelou o director de marketing da Volkswagen para Portugal, Ricardo Tomás, passam por “colocar o Polo entre os três modelos mais vendidos do segmento”, mesmo com a aposta a centrar-se, essencialmente “nas vendas a particulares”. Até porque, defende, “este não será um carro, propriamente, para empresas”.

Exterior

Literalmente actualizado de cima a baixo, a verdade é que a sexta geração do Volkswagen Polo começa por registar mudanças, desde logo, na plataforma. A qual passa a ser a já conhecida e mais evoluída MQB, ou seja, a mesma solução de modelos maiores, como é o caso do incontornável Golf, do Passat e até mesmo do SUV Tiguan. E que, agora aplicada ao novo Polo, acaba fazendo do pequeno utilitário, uma proposta, desde logo, bem maior!

Primeira geração do modelo a ultrapassar os quatro metros de comprimento (4,053 m), é caso para dizer que o novo Polo perde centímetros (0,7 cm, mais concretamente) apenas onde é aconselhável, ou seja, na altura, a qual passa a ser de 1,461 m. Crescendo, pelo contrário, 8,1 cm no comprimento, 6,9 cm em largura (1,751 m) e, principalmente, 9,2 cm entre eixos (2,548 mm). Facto que, juntamente com o aumento das vias (6,2 cm à frente e 4,9 cm atrás), acaba garantindo-lhe uma imagem mais expressiva, dinâmica e desportiva. Resultado, igualmente, de algumas soluções estilísticas inovadoras, como é o caso dos faróis redesenhados com nova assinatura luminosa (LED, em opção), uma nova grelha que parece dar continuidade a um capot de aspecto mais mergulhante, além de um pára-choques redesenhado, com entradas de ar a acentuarem a largura do modelo, para a qual contribuem igualmente as luzes de nevoeiro espraiadas para as laterais.

Já observado de perfil, sobressai não apenas a maior superfície vidrada, como também a sensação de dinamismo transmitida por elementos como a linha de cintura em picado, as cavas das rodas bem pronunciadas ou o pilar C inclinado mais para a frente. Com esta nova geração a terminar numa traseira em que, além de um novo difusor integrado no pára-choques, conta ainda com soluções como os novos farolins de tecnologia LED e mais próximos dos “ombros” do modelo, os quais surgem também mais pronunciados, para garantir, também aqui uma maior sensação de largura.

Ao mesmo tempo e porque a personalização é um aspecto cada vez mais valorizado, a oferta, desde o lançamento, de 14 cores exteriores e 12 versões de jantes, com medidas que podem variar entre as 15 e as 18 polegadas. Sendo que o cliente pode ainda optar entre uma de oito cores para o tablier, 11 revestimentos para os bancos, além de toda uma série de pormenores. Como é o caso, por exemplo, do tejadilho em cor contrastante ou até mesmo do tecto panorâmico – que, segundo o fabricante, é também o maior do segmento.

Interior

Mas se o exterior está mudado, no interior, pouco ou nada ficou, do anterior Polo, para a recordação! Com a nova geração a apostar num habitáculo de linhas mais horizontais e até algo vanguardistas, com destaque para um tablier totalmente redesenhado e que, no novo Polo, passa, de certa forma, a integrar num mesmo conjunto, o painel de instrumentos e o ecrã táctil do sistema de info-entretenimento. Ambos novos, sendo que, no caso do primeiro, com aliciante extra de poder ser, pela primeira vez na história do modelo, totalmente digital, graças à disponibilização do já conhecido Active Info Display, ao passo que o segundo, de 8″ e ligeiramente virado para o condutor, tem um aspecto, em particular nas versões mais equipadas, em tudo idêntico, por exemplo, ao do bem mais estatutário Arteon!

Igualmente nova é a cor que preenche grande parte da secção frontal do tablier, algumas zonas das portas e as laterais da consola central, e que em alguns casos pode ser a mesma do exterior. Sendo que, a esta solução mais luminosa, junta-se depois um novo volante, em tudo idêntico – no design, mas também nos materiais – ao do Golf. Modelo, aliás, com o qual o novo Polo partilha ainda a qualidade de construção, mas já não a qualidade dos revestimentos, já que o utilitário mantém bem mais plásticos rijos e nem sempre agradáveis ao toque, que o “irmão maior”. Algo que, no entanto, reconheça-se, é também a imagem do próprio segmento…

Melhorada, neste caso graças ao aumento da distância entre eixos, foi ainda a habitabilidade, que o fabricante indica para cinco adultos, além do espaço disponível na bagageira. O qual regista, de resto, um forte crescimento face à geração anterior, tendo passado dos anteriores 280 litros, para uns bem mais expressivos 351 litros. E que, aliás, podem mesmo chegar aos 1.125 litros, mediante o rebatimento das costas dos bancos traseiros.

Equipamento

Disponível entre nós com três níveis de equipamento – Trendline, Confortline e Highline – e apenas na carroçaria de cinco portas, o novo Polo propõe, de série e desde a versão base, uma lista de mais-valias já bastante interessante. Englobando, entre outros, argumento como a iluminação diurna em LED com função Coming Home, indicador da pressão dos pneus, ar condicionado Climatic, volante em couro, bancos em tecido, rádio Composition Color, pacote conectividade, limitador de velocidade, ajuda ao arranque em subidas (Hill Hold Control), Programa Electrónico de Estabilidade com ABS, ASR, EDS e MSR, sistema de travagem multicolisão, Front Assist com função de travagem de emergência em cidade (City Emergency Braking), sistema de detecção de peões (Pedestrian Monitoring) e até mesmo pneu suplente.

Caso se opte pela versão intermédia Confortline, desta lista passam a fazer igualmente parte elementos como as jantes em liga leve de 15″, faróis de nevoeiro, sistema de detecção de fadiga, indicador multifunções Plus, rádio “Composition Media”, App Connect e selector do perfil de condução (apenas para motores TSI e TDI). Sendo que, com o nível de equipamento mais completo, denominado Highline, presentes estarão também, além de umas mais vistosas jantes em liga de 16″ polegadas, o ar condicionado Climatronic, pacote “Lights & Vision”, ACC, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, câmara traseira e sistema de navegação “Discover Media”.

De salientar que soluções tecnológicas como, por exemplo, o estreante painel de instrumentos totalmente digital, também conhecido como Active Info Display, estará disponível por um preço bastante atractivo, de apenas 359€. Isto, ao mesmo tempo que o sistema de carregamento wireless para smarthones, outra das novidades, apresenta a particularidade de ser proposto como opcional nas unidades comercializadas até ao final deste ano, passando a fazer parte do equipamento de série, em 2018. Garantia de importador!

Motores

Renovada foi também a oferta em termos de motorizações, com o novo Polo a surgir especialmente bem apetrechado naqueles que são os motores com maior aceitação entre os clientes deste segmento – basicamente, blocos de pequena cilindrada, a gasolina.

Assim, disponível praticamente desde o lançamento do modelo no nosso País, estarão, além daquele que tem vindo a ser o bloco mais procurado em Portugal, o tricilíndrico 1.0 TSI de 75 cv, uma nova versão, ligeiramente mais potente, com 95 cv, que os responsáveis nacionais da marca acreditam poder vir a valer, nesta sexta geração, cerca de 50% das vendas, assim como uma outra, ainda mais potente, de 115 cv. Sendo que, possivelmente apenas em 2018, chegará um mais robusto 1.5 TSI de 150 cv, com tecnologia “Cylinder on demand”, ou seja, que permite desligar dois cilindros, quando não necessários, de forma a conter os consumos.

Sem quaisquer tipo de motorizações híbridas no horizonte, a sexta geração do utilitário alemão tem, no entanto, prevista uma motorização a gás natural, 1.0 TGI de 90 cv, assim como uma versão mais desportiva: o Polo GTI, que tem por base o mesmo bloco 2.0 TSI do Golf GTI, ainda que, neste caso, a debitar “apenas” 200 cv de potência. Mas que, no entanto, só deverá chegar lá mais o final deste ano.

De resto, igualmente para mais perto do final do ano, está prevista a chegada dos dois únicos blocos diesel disponibilizados com o novo Polo, e que são, basicamente, derivações do mesmo e já bem conhecido 1.6 TDI. Neste caso, com potências que vão dos 80 aos 95 cv. Mas que, acredita o importador, pouco mais serão do que residuais no total das vendas da nova geração.

Preços

 Last but no least, os preços. Domínio em que a melhor notícia será mesmo o facto destes praticamente não sofrerem alterações face à geração ainda em comercialização, subindo, em média e segundo contas já feitas pelo importador, não mais que 250€. Opção que, ainda assim, não impede o utilitário alemão de continuar sendo, nesta sexta geração, uma das propostas mais caras do segmento.

Assim e como preço de entrada, os 16.284€ da versão 1.0 TSI 75 cv Trendline, com a opção pelo nível de equipamento imediatamente acima a representar, nesta mesma motorização, um acréscimo de mil euros – 17.284€.

Pelo contrário e optando pelo nível de potência imediatamente acima, ou seja, com 95 cv, os preços vão desde os 17.053€ do Trendline, até aos 18.175€ do Confortline. Com a inclusão da caixa automática DSG, no nível de equipamento intermédio, a fazer subir o PVP para os 20.087€.

Finalmente e seleccionado o mais potente dos 1.0 TSI, com 115 cv, uma versão Confortline já com caixa DSG por 21.838€, ao passo que o Highline, também com DSG, orça em 25.318€.

Quanto às restantes motorizações, não possuem ainda preços definidos, motivo pelo qual estes só serão anunciados lá mais para a frente.

De referir ainda que, como campanha de lançamento, a SIVA está a oferecer, nas unidades vendidas até 31 de Outubro, todas as manutenções previstas para os dois primeiros anos ou 50.000 quilómetros (o que acontecer primeiro). Argumento que não deixa de ter o seu peso, no momento de decidir.

Ao volante

Apesar da ampla oferta em termos de motorizações, presentes no evento de apresentação aos media nacionais, realizado em Cascais, apenas as duas motorizações de entrada, equipadas com motor 1.0 TSI de 75 e 95 cv, e níveis de equipamento Confortline (intermédio) e Highline (de topo). Facto que, até por se tratar apenas de um primeiro contacto, nos levou a optar por aquele que o próprio importador acredita poder vir a ser a maior surpresa nas vendas desta sexta geração – a motorização 1.0 TSI de 95 cv. Com a opção tomada a revelar-se, dizemo-lo já, totalmente acertada!

Dono de uma estética exterior mais atraente, conjugada, já no interior de um habitáculo ao qual se acede de forma fácil, com linhas igualmente bem conseguidas e uma boa qualidade de construção (só alguns plásticos destoam…), começámos por gostar da posição de condução, correcta, graças também à ampla regulação em altura e profundidade, tanto do volante (de óptima pega), como do banco (com suficiente apoio lateral). A partir da qual torna-se igualmente possível garantir não somente um bom acesso à generalidade dos comandos, como também uma visibilidade em redor que não deixou de nos parecer agradável.

Com mais espaço interior e uma insonorização agradável do habitáculo, foi então a altura de, com o Polo já andamento, nos apercebermos da evolução conseguida pelos engenheiros da marca de Wolfsburgo em termos de desempenho. Fruto, desde logo, da adopção de uma nova plataforma, mais evoluída, e a garantir, de certa forma, um comportamento mais “adulto” – patente, de resto, num pisar agradavelmente informativo, num bom compromisso entre conforto e desempenho, mas também na forma como o Polo se entrega a trajectos mais sinuosos. Mesmo se com os pneus a revelarem alguma tendência para se fazerem ouvir e com a direcção, leve nas manobras, a demorar um pouco na adaptação à subida de velocidade.

Quanto ao pequeno 1.0 TSI de 95 cv, agradou-nos, principalmente, pela disponibilidade agradável que revela ainda antes das 2.000 rpm, subindo de regime de forma linear, mesmo se não com muita pressa. Não deixando de pedir, por isso, uma pequena ajuda à caixa manual de apenas cinco velocidades, agradável no accionamento, em particular, naqueles momentos em que pretendemos imprimir andamentos mais rápidos.

Menos convincente, a média que acabámos por realizar, em termos de consumos, no nosso curto passeio de não mais que 20 quilómetros, e que acabou situando-se nos 7 l/100 km. Valor a que, ainda assim, é preciso descontar não só o facto de se tratar de um carro novo, como também a nossa necessidade de fazer muito, em pouco tempo! O que, ainda assim, não nos impediu, diga-se, de terminar este primeiro contacto com o novo Volkswagen Polo, com um resultado claramente positivo!…

Vídeos

Volkswagen Polo 2018 – Design Exterior 

 

Volkswagen Polo 2018 – Design Interior

 

Volkswagen Polo 2018 – Apresentação Mundial

 

 

 

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