Novo Toyota C-HR PHEV: Primeiras impressões
A Toyota apresentou o novo C-HR PHEV In à imprensa nacional, com um percurso para mostrar a qualidade da sua nova proposta. O desafio era simples: de Lisboa a Cascais, por um percurso de 60 km, com alguma autoestrada e estradas nacionais, passando por Monsanto, indo até ao Guincho e terminando na Marina de Cascais. Um percurso com vários desafios, que permitiu conhecer um pouco melhor o novo C-HR Plug In.
Para este ensaio calhou-nos a versão Business, a entrada de gama para este C-HR. Ao entrar no carro notamos logo que estamos num modelo de entrada de gama, com um ecrã de infotainment mais pequeno. Mas a qualidade do interior fez-se notar, com materiais agradáveis ao toque e com a aparente robustez que a Toyota já nos habituou. O interior prima pela simplicidade, não acompanhando as formas mais complexas do exterior. Mas os bancos são confortáveis, com bom apoio lateral e a sensação do volante é boa. Os botões de controlo no volante podiam ter um aspeto e um toque mais agradável, mas é uma questão de gosto pessoal e não influencia minimamente o seu uso. O sistema de infotainment é simples, sem grandes motivos de destaque e o ecrã não é o mais responsivo ao toque que já experimentamos. Mas como falamos de uma entrada de gama, temos de colocar o equipamento em contexto.
O espaço nos bancos de trás é suficiente para duas pessoas viajarem confortavelmente e a mala tem um volume que permitirá levar as malas para as férias sem grandes problemas
Na estrada, o conforto fez-se sentir, com um pisar agradável, enfrentando estradas mais danificadas sem problema. Em termos de dinâmica, não conseguimos fazer uma avaliação mais detalhada, pelo que esperaremos pelo ensaio para dar mais pormenores. Em autoestrada, nada a apontar, com estabilidade e conforto esperados.
O que se destacou foi a eficiência do C-HR. A Toyota não teve medo de colocar um trajeto de 60 km para comprovarmos a capacidade do sistema e terminamos o trajeto, com autonomia suficiente para fazer mais 14 km (consumo de 14 kWh/100km), segundo o computador de bordo. No regresso a Lisboa, apenas pela autoestrada, a bateria esgotou-se e o consumo acabou por ser de apenas 0.6l/100km. Depois da bateria “esgotada” o C-HR é ainda capaz de cumprir como veículo híbrido, permitindo uma eficiência e poupança dignas de nota. E o motor, ao contrário de outras propostas Toyota, não se fez notar, com uma insonorização ótima e com um motor silencioso. É neste capitulo que o C-HR se torna numa proposta muito aliciante.
Depois deste breve contacto, as sensações foram positivas. O design exterior está bem conseguido, no interior termos conforto servido de forma simples e prática. O sistema de infotainement nesta versão Business deixa algo a desejar, pelo que se quiser algo mais atrativo terá de ver as outras opções. Quanto a equipamento de segurança e ajudas à condução, temos uma boa lista. Junta-se a tudo isto o espaço agradável para os passageiros e a eficiência da unidade motriz, com os mais de 60km feitos apenas em modo elétrico. Temos curiosidade para ver como o sistema de “geo-fencing” pode ajudar na gestão da eficiência, mas isso terá de ficar para o ensaio.
A Toyota é ambiciosa e pretende vender 140 mil unidades por ano deste C-HR. O carro da marca nipónica, 100% desenvolvido na Europa, tem muitos argumentos de peso e justifica a expetativa dos responsáveis. Com propostas assim, não será surpresa se a Toyota mantiver a liderança nos híbridos.
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