Nissan e Carlos Ghosn vão pagar 16 milhões de dólares de multas
Continua a noite escura para a Nissan, desta feita com o pagamento de 15 milhões de dólares de multa devido aos pagamentos não contabilizados aos seus executivos.
Segundo o jornal “The New York Times”, a Securities and Exchange Commission (SEC), a CMVM americana, abriu um inquérito sobre as acusações feitas a Carlos Ghosn no Japão e o antigo diretor da Nissan, Greg Kelly, de remunerações não declaradas.
Ora, a investigação da SEC descobriu que Ghosn, Kelly e outros executivos da Nissan, ofereceram mais de 90 milhões de dólares em pagamentos futuros ao antigo CEO e um aumento da sua reforma em mais de 50 milhões de dólares.
Ou seja, os executivos da Nissan aceitaram pagar “por baixo da mesa”, ultrapassando as regras japonesas (que obriga à comunicação às autoridades de remunerações acima dos 100 milhões de ienes ou um milhão de dólares) de uma forma fraudulenta.
Provados os factos pela SEC, Nissan e Carlos Ghosn, foram condenados a pagar, respetivamente, 15 milhões e 1 milhão de dólares, com Greg Kelly a pagar 100 mil dólares. Ghosn fica proibido de exercer cargos de gestão durante 10 anos.
Após comunicar as multas, Steven Peikin, responsável do SEC, sustentou que “de uma forma simples, as comunicações da Nissan sobre os pagamentos a Carlos Ghosn eram falsas. Através dessas declarações, a Nissan aceitou os desmandos de Ghosn e Kelly e enganaram os investidores.”
Segundo os advogados de Carlos Ghosn, o acordo feito com o SEC e o pagamento sem contestação da multa, não significa admitir o erro, mas sim permitir que o foco da equipa de defesa esteja no processo criminal que corre no Japão e cujo julgamento começará em abril de 2020.
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