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Nissan confirma plano para cortar 12 500 postos de trabalho a nível global

By on 25 Julho, 2019

A necessidade de investir na mobilidade elétrica e autónoma, é a razão oficial para este corte significativo da força de trabalho, a nível mundial, da Nissan.

Ontem o AUTOMAIS tinha noticiado o rumor vindo à estampa na imprensa nipónica, hoje a Nissan confirma que além de reduzir a sua capacidade de produção e a sua gama de produtos, vai cortar 12 500 postos de trabalho, em todo o mundo, na tentativa de estancar a hemorragia financeira que se apoderou da marca japonesa e que tem feito os lucros caírem de forma assustadora.

Foi durante a publicação dos resultados financeiros do primeiro trimestre do ano fiscal de 2019, de abril a junho, que a Nissan anunciou este plano. Os resultados foram muito negativos com as receitas a caírem 94,5% face a igual período do ano passado, com as vendas a recuarem muito em alguns mercados.

Perante este cenário adverso, cujas causas são várias, a Nissan já tinha anunciado, em linha com aquilo que toda a indústria automóvel está a fazer, o corte de 4800 postos de trabalho. Agora serão 12 500 colaboradores que vão ser dispensados, qualquer coisa como 9% da força de trabalho, o que está em linha com a redução de produção de 10% que a Nissan vai implementar, desconhecendo-se qual as fábricas afetadas por esta redução. Ao mesmo tempo, a Nissan vai reduzir a sua gama de produto e 10% até ao final de 2022, focando os seus investimentos “em modelos rentáveis a nível global e estratégicos a nível local.”

Tudo isto radica numa gama que começa a mostrar sinais de envelhecimento, no massivo investimento na eletrificação e na condução autónoma, com a Nissan a revelar que vai continuar a investir no ProPilot, além de procurar novas áreas de negócio. Outras razões para este estado de coisas, reside nas vendas em queda acentuada nos EUA, na Europa e em algumas zonas do continente asiático, incerteza política, taxas aduaneiras e o escândalo Carlos Ghosn que ainda pode chamuscar a Nissan. Quais as áreas geográficas que vão ser afetadas, ainda não se sabem, mas o Japão poderá escapar a esta grande onda de corte de postos de trabalho.

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