Mercedes-Benz EQE SUV: elétrico de luxo, boa dinâmica, muito espaço…
A Mercedes realizou a apresentação ibérica do seu novo EQE SUV, um automóvel que vem ocupar um espaço que a Mercedes tinha desocupado, e como se calcula, fê-lo com estilo.
O carro tem um grande aspeto, uma autonomia dentro do que seria de esperar, e devolve um bom feeling em estrada. É caro, mas oferece virtudes q.b. face ao que custa.
Nesta transição para os carros elétricos, a Mercedes não perdeu tempo a fechar as lacunas na sua gama de elétricos e este EQE SUV é mais um exemplo disso mesmo.
Como sabe, a Mercedes-Benz usa as ‘classes’ A, B, C, E e S. O EQ, significa que é elétrico, mas este EQE SUV nada tem a ver com o seu congénere GLE SUV, com motores de combustão, mas sim com todos os seus restantes ‘irmãos’ EQE que já conhecemos.
Como se calcula, satisfaz os apreciadores dos SUV, que certamente os há, ainda que guiar um Mercedes E ou S, talvez seja bem diferente do que um SUV, mas cada um tem as preferências que tem. É um SUV elétrico muito interessante, mas não sendo um revolucionário, é um automóvel fantástico, algo que, claro, se espera da Mercedes.
Desta forma, a Mercedes tem agora mais uma opção na sua ‘linha’ elétrica, e logo numa carroçaria que é bastante procurada. O carro tem um comportamento dinâmico assinalável, na linha do que se espera da Mercedes mas pelo que vimos vai integrar-se bem na luta face à concorrência do Audi Q8 e-tron, BMW iX e Tesla Model X, para destacar somente os mais importantes.
É, obviamente, um carro pesado, mas deslumbrantemente ágil, e muito apelativo em termos de design. começando logo pelo habitáculo e o MBUX Hyperscreen com todo o painel aproveitado com três ‘tablet’ contíguos de 12,3”, logo à frente dos olhos do condutor, um de 17,7” ao meio, para a navegação, por exemplo, e outro à direita, à frente do passageiro, com 12,3” onde até filmes este pode ver, ou navegar na internet. E se o condutor olhar para lá o EQE SUV deteta e escurece o ecrã, de modo a que o condutor olhe para a estrada. Fantástico.
As linhas de design são a Electric Art e AMG, no exterior, temos um automóvel encorpado, apelativo, com alguns detalhes fantásticos. A faixa de luz (não em todas as versões) acima da ‘grelha’ frontal – que tem padrão Mercedes – fica excelente, luzes digitais.
Os estribos são otimizados aerodinamicamente, as jantes (até 22”) também têm um design ‘esculpido’ pela aerodinâmica, os puxadores das portas são integrados e até há um spoiler nas óticas traseiras. Aliás, há diversos pormenores aerodinâmicos, nas rodas dianteira e traseira, outro lateral à frente da roda traseira, uma cobertura lateral inferior, existe um acabamento do painel de ligação à suspensão, uma cobertura do motor traseiro e inferior traseira, tudo a contribuir para otimizar a aerodinâmica.
Em termos de eficiência energética, a bomba de calor é de série, existe uma unidade de desconexão dos sistema de tração integral 4Matic do eixo dianteiro, e recuperação inteligente, com o assistente ECO.
Em termos de equipamento, a primeira linha, de série é a Advanced, que oferece pintura metalizada, faróis em LED de alta performance, integração de smartphone, Pack Guard 360º Plus, vidros traseiros escurecidos, pack memórias e assistente de ângulo morto, a Advanced Plus, acrescenta Pack conforto Keyless-Go, Iluminação ambiente com 64 cores, sistema de som avançado, embaladeiras das portas iluminadas, grelha frontal com padrão Mercedes (sem custo só na linha AMG). Depois surge a Premium, que adiciona carregador de bordo AC de 22 kW, teto de abrir panorâmico, sistema de som surround 3D Burmester, realidade aumentada para navegação, o que é excecional e uma grande ajuda na navegação, pois por exemplo quando chegamos a uma rotunda, ao invés do ‘velho’ “saia na terceira saída…” temos setas a indicar imediatamente antes de termos de sair, faróis digital light e pack de assistência à condução Plus. Por fim a Premium Plus, que soma ainda estofos em pele, exo traseiro direcional até 10º, ar condicionado automático Thermotronic, Head-up-display, faróis digital Light com função de projeção e Pack de conforto acústico.
Tendo em conta a estratégia da Mercedes em Portugal, o Mercedes-Benz EQE 350+ SUV será a versão de ‘entrada’ (e não o 350 ‘normal’), tem tração traseira, 292 cv e custa a partir de 91.950€. A sua autonomia elétrica vai até aos 578 Km.
Haverá ainda o EQE 500 4Matic SUV, de tração integral, 408 cv e com um custo a partir dos 104.600€. Esta versão tem até 540 Km de autonomia.
Quanto aos carregamentos, AC até 22 kW, DC até 170 kW e carrega até 220 Km em 15 minutos, 80% de bateria em 32 minutos.
Falando dos AMG, Mercedes-AMG EQE 43 Matic SUV tem 476 cv, um binário de 858 Nm, aceleração dos 0-100 Km/h de 4.3s e autonomia até 469 Km, custando a partir de 129.900€
O Mercedes-AMG EQE 53 4Matic+ SUV tem duas versões, de 626 e 687 cv, um binário de 950Nm e 1000 Nm, aceleração dos 0-100 Km/h de 3.7/3.5s e autonomia até 452 Km, custando a partir de 144.900€.
A capacidade de carga vai de 520 até 1675 litros. A distância entre eixos fica acima dos três metros, portanto o espaço interior é algo que não falta. Materiais e montagem, é o que se espera da Mercedes.
No meio disto tudo o que surpreendeu mais foi a performance dinâmica do automóvel. Andámos por estradas estreitas e sinuosas de montanha, e o desempenho do EQE SUV surpreende, tendo em conta o seu peso e tamanho. Tendo rodado perto de outros colegas nestas estradas, é facilmente notório o eixo traseiro direcional em algumas manobras, que contribuem bem para o desempenho.
Resumidamente, este Mercedes-Benz EQE SUV é um elétrico de luxo, com uma boa performance dinâmica, com muito espaço interior, autonomia q.b., pode-se carregar a bateria até 80% em apenas 32 minutos, se conseguir encontrar um carregador de 170 kW, claro, mas é um automóvel caro, como são todos os premium, uns com alguns argumentos acima de outros. A ‘luta’ vai ser interessante…
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