Mercedes-AMG E 63 4Matic+: Tudo a nu
O Mercedes Classe E é um ex-libris da marca desde 1976, quando foi lançada a geração W123, um automóvel que veio modernizar a oferta da Mercedes-Benz para um público executivo. Desde então, o Classe E tornou-se maior, melhor e, com os 326 cv do 500 E de 1994, mais desportivo. A geração desportiva mais recente chama-se Mercedes-AMG E 63 AMG, e explicamos tudo sobre o seu funcionamento. Nem mostramos fotografias do equipamento e interior, é só as peças que fazem do modelo AMG um carro superior.
Agora, a versão desportiva da mais recente geração do Classe E tem quase o dobro da potência do original. O Mercedes-AMG E 63 4Matic+ e o Mercedes-AMG E 63S 4Matic+ modernizam-se em relação à geração anterior, substituindo o gigantesco V8 atmosférico de 6,2 litros por uma mais eficiente V8 biturbo de 4 litros de cilindrada. A primeira variante debita nada menos que 571 cv, enquanto a segunda salta para os 612 cv, o Classe E mais potente de sempre, extraindo 154 cv/litro.
Este motor navega a fronteira entre a tecnologia e a arte. A alta performance é conseguida através do recurso a dois turbocompressores twin scroll, montados na abertura do V, permitindo uma arrumação mais compacta, uma resposta mais imediata às solicitações do condutor, e um melhor aproveitamento dos gases de escape para o turbo. O turbo twin scroll tem entradas separadas para os gases de escape do conjunto de dois cilindros, otimizando a pressão do ar.
A alimentação é feita por injeção direta com injetores piezo-elétricos, com a abertura das válvulas a beneficiar de árvores de cames auto-ajustáveis. As árvores de cames estão preparadas também para reduzir o consumo quando o carro está a ser usado em modo ‘civil’. Estas fazem parte da tecnologia de desativação de cilindros, que deixa o motor a trabalhar apenas em quatro cilindros, contribuindo para um consumo médio em redor dos 9 l/100 km.
Transmissão inteligente
Para aproveitar melhor toda a potência deste novo modelo AMG, a Mercedes criou uma nova evolução da caixa de velocidades AMG Speedshift MCT, uma transmissão de dupla embraiagem com nove velocidades, com tempos reduzidos de mudança de relação de velocidade. Uma nova embraiagem, que substitui o conversor de binário típico das caixas automáticas, melhora a resposta às solicitações do condutor.
Manter os mais de 600 cv controlados na estrada é facilitado pela nova evolução da tração integral a que a Mercedes chama 4Matic. Pela primeira vez, a distribuição de potência pelas quatro rodas é dinâmica, com uma utilização mais eficiente da potência em qualquer situação de aderência. O eixo traseiro recebe potência em todo o momento, e um controlo inteligente redireciona a força do motor para as rodas dianteiras conforme a necessidade, sem o condutor notar.
Estão disponíveis dois diferenciais, um de controlo mecânico para o E 63 e outro eletrónico para o E 63S. Ambos garantem mais tração à saída das curvas, deixando o condutor acelerar a seu bel-prazer. O diferencial eletrónico é ainda mais sensível, antecipando até como o carro se vai comportar à saída da curva.
Preparado para a pista
Controlos para melhorar o comportamento desportivo do carro estão disponíveis em quase toda a gama Mercedes, mas aqui o AMG Dynamic Select é um modelo superior, preparado especificamente para a versão ESP. Este inclui um botão M, para mudar imediatamente para o modo manual da caixa, e a função Race Start, disponível na versão E 63S, que deixa a condutor fazer o ponta-tacão nas curvas, além de facilitar a aceleração dos 0 aos 100 km/h em apenas 3,4 segundos.
A suspensão também foi criada especificamente para o AMG Classe E, com base no sistema de suspensão pneumática multicâmara já disponível noutros modelos da Mercedes. A suspensão dianteira, construída em alumínio, usa quatro braços, controlo individual de cada roda, melhorando o apoio lateral em curva, enquanto a suspensão traseira é multibraços, mais rígida e a mesma barra estabilizadora do AMG GT R.
De resto, o AMG E 63 adota uma direção adaptativa mais sensível à velocidade e com melhor resposta para o condutor, enquanto o sistema de travagem recorre a discos perfurados de 360 mm de diâmetro para a versão base e de 390 mm para a versão S. Esta pode receber, em opção, discos em cerâmica com 402 mm de diâmetro. O ESP é simplificado com três modos de funcionamento: On, Sport (para comportamento mais desportivo mas com intervenção) e Off, para condutores especializados.
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