Mercado nacional sofre queda abrupta de 56,6% face ao mês de março de 2019
O mercado nacional conheceu uma travagem a fundo com perda de mais de metade das vendas face ao período homólogo de 2019.
Contas feitas, foram vendidos 12.399 veículos em março, um recuo de 56,5% face a março de 2019, o que se repercutiu no acumulado entre janeiro e março, que recuou 24% para 52.941 veículos.
Decompondo as vendas portuguesas, os ligeiros de passageiros recuaram 57,4% (10.596 unidades), os de comerciais ligeiros abrandaram 51,2% (1.557 veículos) e os pesados de mercadorias e passageiros contraíram 46,6%. Isto no mês de março, já que no acumulado, os ligeiros de passageiros registam 45.282 carros vendidos (menos 23,8%), os comerciais ligeiros assinalam 6.636 unidades (menos 24%) e os pesados de mercadorias e passageiros 1.023 veículos (menos 29,5%).
Detalhando as vendas por marcas, há situações muito complicadas, com perdas de vendas superiores a 80%. Falamos de marcas como a Fiat (recuo de 88,3%), a Smart (menos 93,3%) ou a Alfa Romeo (93,2% menos). Depois, temos a Mazda (menos 76,4%), a Honda (menos 74,1%), a Mitsubishi (recuo de 74,4%), a Opel (80,4% menos), enfim, um panorama desolador que irá piorar em abril e maio e conduzir o mercado a uma depressão que não é vista desde os tempos da troika e que será muito pior que os tempos da crise de 2008.
E dizemos isso porque o encerramento da economia deu-se a meio do mês de março, o Estado de Emergência continua pelo mês de abril e veremos como será maio. Com esta recessão que pode chegar ao duplo digito, o país estará de rastos e dificilmente o mercado automóvel recuperará em 2020 de uma compressão que poderá ser histórica e 2021 trará desafios complicados.
Apesar de perder 68% da svendas, a Renault lidera o mercado (5401 unidades) na frente da Peugeot (4884), Mercedes (4208), BMW (3219) e Citroen (2898). Curiosamente, as marcas Premium recuaram bem menos que as restantes: Mercedes perdeu em março 24,9%, a BMW um total de 36,9%, o que no acumulado significa que a Mercedes recuou 2,7% e a BMW 7,9%.
Já nos ligeiros de passageiros, é a Peugeot quem domina e apesar do recuo de 35,6% em março, no acumulado ainda tem 0,7% de crescimento. Seguem-se a Citroen com menos 50,7% no mês e 7,1% no acumulado, e a Renault com 61,5% de perda em março e 56,2% no acumulado entre janeiro e março.
Contas feitas ao mercado de ligeiros de passageiros e comerciais ligeiros, a Peugeot lidera o mercado com 1.183 veículos vendidos em março (6.405 acumulados entre janeiro e março), seguida da Renault com 1.553 unidades comercializadas (6.274 acumuladas) e da Mercedes que vendeu 1.244 modelos (4.424 acumulado). Fecha o Top 5 a Citroen com 661 unidades (3.887 no acumulado) e BMW com 857 carros (3.129 acumulados entre janeiro e março).
Olhando para as vendas por tipo de energia, o gasóleo voltou a crescer em março representando 44,8% das vendas de ligeiros de passageiros (5.439 unidades) contra 35,3% de modelos a gasolina (4.292) e 8,2% de carros elétricos (993). No acumulado de 2020, os modelos a gasóleo representam 42,8% (22.221) e os gasolina 42,3% (21.942), enquanto os elétricos reclamam 5,2% de quota (2.713 unidades). Destaque, ainda, para os modelos híbridos. Venderam-se em março 487 híbridos Plug In a gasolina e 140 a gasóleo, 583 híbridos elétricos a gasolina e 159 a gasóleo. Contas feitas, no acumulado, 1688 híbridos Plug In a gasolina (3,3% do mercado), 413 a gasóleo (0,8% do mercado), 2.248 híbridos a gasolina (4,3%) e 584 a gasóleo (1,1%). Os restantes híbridos não elétricos, foram vendidos 84 modelos a GPL e 14 a GNC, respetivamente, 0,2 e 0,01% do mercado nacional.
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