Mercado europeu afunda-se com a propagação da pandemia do Covid-19
Fábricas fechadas. Concessionários encerrados. Pessoas confinadas ao seu lar. Um vírus que não para de infetar pessoas no Velho Continente. A tempestade perfeita abateu-se sobre a indústria automóvel.
Os números de vendas do mês de março não são conhecidos, mas as previsões para o ano de 2020, à luz do que se está a passar, significa que a quebra pode ser de 20%, ou seja, milhões de veículos que não vão ser vendidas.
Segundo a reputada IHS Markit, citada pela Automotive News Europe, “a indústria automóvel global deverá conhecer uma travagem na procura nunca vista anteriormente.” Segundo a mesma agência, a previsão é feita para todas as regiões do mundo, dizendo a IHS Markit que “a pandemia de Covid-19 é o único fator de risco que a indústria automóvel vai enfrentar por muitos anos.”
Prevê-se que as vendas globais caiam 12% para 78,8 milhões de unidades, qualquer coisa como 10 milhões de unidades menos que a previsão feita em janeiro. Só para se ter a ideia do problema, com a crise das dívidas europeias em 2008-2009, o mercado caiu apenas 8%.
A previsão da IHS Markit não é tão pessimista para a Europa, fala de um recuo de 1,9 milhões de unidades para 15,6 milhões de veículos, menos 14% que em outras previsões. Para a IHS Markit, o Velho Continente vai conhecer meses de disrupção devido à pandemia e à deterioração da economia. Nos EUA, a estimativa é que haja uma redução de 15% para 14,4 milhões de veículos, menos 2,4 milhões que o antecipado.
Há quem tenha maior pessimismo como a LMC que em janeiro tinha dito que as vendas globais manter-se-iam estáveis com 90,1 milhões de unidades. Depois da pandemia, a LMC Automotive acredita que as vendas cairão para baixo dos 77 milhões, quase 14 milhões menos que em 2019, ou seja, 15% menos. Num cenário muito negativo, as vendas podem cair abaixo das 69 milhões de unidades em todo o mundo.
0 comentários