Marcas desaparecidas: Lloyd
Pertença da “Norddeutsche Lloyd” empresa de transportes marítimos, a “Norddeutsche Automobil und Motoren GmbH” era uma marca alemã criada em 1908 cuja fábrica situava-se em Bremen e cujos produtos ficaram conhecidos como Lloyd, não tendo nada a ver com a marca inglesa Lloyd, ativa entre 1936 e 1951. Os primeiros modelos da Lloyd eram viaturas elétricas Krieger, construídas sob licença. Os modelos com motor de explosão seguiram-se, em 1908, com um bloco de 3685 c.c., mas poucas unidades foram construídas. Em 1914, a Lloyd funde-se com a Hansa, transformando-se na Hansa-Lloyd Werke AG. Curiosamente, este começou a ser o fim das Lloyd, pois a maioria dos modelos de passageiros ficou com o nome Hansa, surgindo o logótipo Hansa-Lloyd apenas
nos comerciais. Apenas dois modelos – o Treff AS de 4 litros e o Trumpf AS de 8 cilindros e 4,6 litros – receberam o nome Hansa-Lloyd. Esta primeira aventura da Lloyd iria terminar abruptamente quando Carl F.W. Borgward, dono do Borgward Group comprou a Hansa em 1929. O nome regressaria em 1950 com a produção de automóveis e camiões ligeiros.
Chamava-se Lloyd Motoren Werke GmbH, e continuava a ter sede em Bremen. O primeiro modelo, o Lloyd 300, era feito em madeira, com o aço a tomar progressivamente o seu lugar entre 1953 e 1954, quando surgiu o Lloyd 400. O modelo 250 ficou conhecido como “Prufungsangst-Lloyd” , numa tradução livre, carro para os sem carta, O Lloyd 250 tinha apenas 11 cv, pelo que os técnicos entenderam comercializar o carro sem pára choques, banco traseiro, capas dos cubos das rodas e revestimentos. Porém, os clientes
não aceitaram isso e compravam o 250 com tudo aquilo a que tinham direito. Mesmo que se arrastassem de um lado para o outro… A verdade é que a Lloyd conseguiu realizar veículos que supriam as exigências das pessoa por carros pequenos e baratos, mas ao mesmo tempo confortáveis e fiáveis. Isso não trouxe nada de útil à imagem da Lloyd e depois de estar durante muito tempo entre as três marcas mais vendidas (atrás de VW e Opel), começou a definhar. Obviamente que os problemas de fiabilidade não ajudaram nada: o Lloyd 300 ficou conhecido como o “Leukoplastbomber” devido ao facto dos utilizadores se habituarem a reparar a carroçaria com adesivo chamado “Leukoplast”, mas pior que isso era a falta de segurança dos veículos, que colou à Lloyd um ditado pouco abonatório. “Wer den Tod nicht scheut, fährt Lloyd”, ou seja, “Quem não tem medo de morrer, conduz um Lloyd”. A Lloyd fechou portas em 1961, alguns carros foram produzidos sob o nome Borward e a marca finou-se.
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