Marcas desaparecidas: Itala
A Itala foi uma marca italiana exótica, sedeada em Turim, que existiu entre 1904 e 1934, tendo como fundador Matteo Ceirano e cinco parceiros. O primeiro ano de produção viu nascer três modelos, o 18 HP, o 24 HP e o 50 HP. Em 1905 começou a construir enormes motores para competição, com 14,8 litros e cinco cilindros. Estes motores venceram o Targa Florio e, em 1907, um Ítala 7433 c.c. e 35/45 CV, conduzido pelo Conde Scipione Borghese ganhou o Paris-Pequim.
Os êxitos desportivos ajudaram nas vendas e a companhia cresceu bastante. A Ítala experimentou diversos tipos de motor e várias tecnologias e sistemas, como curso dos pistões variável, válvulas finas, motores rotativos e, no princípio da Segunda Guerra
Mundial, a gama Ítala era enorme.
Durante o conflito, construiu motores de avião, mas o esforço de guerra foi prejudicial para as finanças da empresa. Depois do armistício, a produção de automóveis foi retomada com modelos pré-guerra como o Tipo 50 25/35 HP e ressurgiu o 4426 c.c. Tipo 55. Ma,s nesta altura, já os prejuízos dominavam o balanço contabilístico e, em 1924, a empresa
faliu e ficou nas mãos de um gestor estatal. Foi assim que a Fiat e Giulio Cesare Cappa entraram na Ítala, o segundo como diretor geral.
O seu trabalho deu origem a um novo carro, o Tipo 67 com 7 cilindros e bloco em liga leve.
O modelo foi bem recebido e, entusiasmado pela ligeira recuperação, Cappa decidiu voltar à competição. Produziu o Tipo 11, um carro avançado para a época, pois tinha tração dianteira, motor V12 sobrealimentado e rodas independentes. Porém, o carro nunca correu e, no seu lugar, surgiram em Le Mans em 1928 dois Tipo 61, que venceram a classe 2
litros. Infelizmente, a recuperação financeira não foi possível e a companhia acabou vendida ao construtor de camiões Officine Metallurgiche (OM) em 1929 e mais alguns carros foram feitos até 1935. O insucesso da OM foi tal, que acabou nas mãos da Fiat, bem como os restos da Ítala.
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