Marcas desaparecidas: CHIRIBIRI
Nascida em Turim em 1910, a Chiribiri teve em António “Papa” Chiribiri o seu mentor. A “Fabbrica Torinese Velivoli Chiribiri & C” tinha no investidor Maurizio Ramassotto e no engenheiro Gaudenzio Verga, além do fundador, os principais responsáveis. A empresa começou por fabricar peças para aviões e chegou mesmo a construir um avião, denominado Chiribiri Nº5. Era um monomotor com dois lugares e muitas semelhanças com os ultraligeiros. O sonho acabou quando a empresa foi requisitada para construir 100 motores de avião para a Gnome et Rhone. A produção de automóveis só começou mais tarde, depois de em 1912, usando para isso um Fiat, a marca conseguiu bater o recorde do Mundo de velocidade no quilómetro lançado.
Com um motor de 7 litros e 300 CV, o Fiat Chiribiri chegou aos 300 km/h! O modelo está hoje em exposição na Colecção Mario Righini, em Panzano, Toscania. Este sucesso levou Gustavo Brunetta d’Usseaux, um multimilionário, a encomendar cem veículos do modelo Siva, um pequeno e económico carro projectado pela Chiribiri. Porém, o financiamento falhou e a empresa meteu mãos à obra para produzir e vender os modelos. A segunda série do Siva surgiu em 1915, com um chassis maior e um motor de 1.3 litros e 12 CV. O sucesso do Siva levou a Chiribiri a apresentar no Salão Automóvel de Paris, o Milano. Um modelo de quatro lugares com motor de 1.6 litros e 12 CV, que foi produzido até 1922, quando foi substituído pelo Roma 5000. Este tinha um motor de 25 CV extraídos de 1.5 litros de cilindrada. Sucedeu-lhe o Monza e o mais desportivo Monza Corsa. Os Chiribiri ilustraram-se na competição, mas com a morte de Antonio Chiribiri em 1943, a marca passou a ser gerida pelos filhos, mais interessados nas corridas e pouco depois, a marca desaparecia como construtora de automóveis. Ficou o negócio aeronáutico.
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