Marcas desaparecidas: Bandini
Nascida em1946 na cidade de Forli, Itália, a Bandini foi fundada por Ilario Bandini, homem de negócios que amava a competição automóvel. Essa paixão levou-o a criar uma fábrica para construir os seus carros de competição. O primeiro Bandini era um chassis tubular em aço com uma carroçaria de alumínio moldada à mão e um motor muito modificado do Fiat 1100. O sucesso não terá sido imediato, mas a verdade é que Bandini estabeleceu uma escola para muitos outros industriais italianos que se lançaram na construção de automóveis.
Porém, o seu aguçado sentido para o negócio e o seu conhecimento da competição automóvel, rapidamente o levaram a entender que o futuro estava nos Estados Unidos. O sucesso americano começou a ser construído com a vitória no campeonato SCAA na classe mais pequena, de um Bandini 750 c.c. em 1955 e 1957. O modelo muito transformado e com uma frente imponente, jogava com a sua leveza para conseguir derrotar adversários à partida mais competitivos. Os motores Bandini estabeleceram a sua reputação, graças à aplicação num bloco Crosley de uma cabeça Bandini com duplo veios de excêntricos.
Bandini continuou a competir em Itália e com os seus modelos muito especiais participou nas Mille Miglia. O sucesso amealhado permitia à Bandini continua a produzir mais unidades e a lançar alguns modelos novos. Um desses exemplo é o Sport International de 1957, um carro de dois lugares com chassis tubular e motor de 1.0 litros. O carro era tão pequeno e de linhas tão arredondadas que ficou conhecido como o “Saponetta” (pequeno sabonete). A Zagato chegou a carroçar um chassis Bandini, nascendo assim o Bandini GT que correu nas 12 Horas de Sebring. O negócio, porém, começou a esmorecer e com o passar dos anos, a Bandini limitou-se a fazer réplicas e transformações em modelos conhecidos, ao mesmo tempo que foi lançando alguns modelos como o Bandini Turbo que tentavam
mostrar a capacidade técnica da marca.
Foi o último carro que a Bandini produziu: tinha chassis tubular de secção redonda nuns locais, oval em outros, suspensões independentes nos dois eixos, travões de disco nos dois eixos. O motor era um quatro cilindros de 1000 c.c. com cabeça de 4 válvulas
por cilindros, injeção indireta, turbo com intercooler, lubrificação por cárter seco e caixa de cinco velocidades. O calcanhar de Aquiles do Bandini Turbo era mesmo o estilo. Porém, o carro não permitiu que a marca sobrevivesse e com a morte do seu fundador, a família fechou as portas da Bandini limitando- se a preservar a última oficina da marca e uma coleção de modelos Bandini. Dez estão nesse
museu, mas a família sabe que 46 unidades estão espalhadas pelo Mundo.
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