Mais perguntas do que respostas no incêndio do navio Fremantle Highway
Muitas questões estão a ser levantadas na sequência do incêndio a bordo do navio Fremantle Highway, mas neste momento continua a haver mais dúvidas do que certezas. Para já sabe-se que o fogo diminuiu o suficiente para que o navio danificado possa ser rebocado. Quanto ao que causou o incêndio, ainda não se sabe ao certo, mas é possível que a bateria de um dos carros eléctricos a bordo tenha sido a casa inicial. Obviamente, coloca-se a questão do transporte de carros eléctricos põe em perigo a navegação e a resposta é não se forem tomadas as devidas precauções, como já se faz há muito na aviação comercial e não só.
Os carros elétricos são alimentados por baterias de iões de lítio, semelhantes às utilizadas nos computadores portáteis e uma bateria defeituosa pode entrar em curto-circuito e arder espontaneamente.
Nos aviões, em muitas companhias aéreas os passageiros devem levar os computadores portáteis na cabina como bagagem de mão e há regras específicas para isto
A seguradora Allianz revelou que no ano passado, foram comunicados 209 incêndios em navios e 13 desses incêndios ocorreram em navios de transporte de automóveis, não se sabendo quantos deles podem ter envolvido carros elétricos.
O que se sabe é que as baterias de iões de lítio são extremamente difíceis de extinguir quando começam a arder. Não pode ser com água ou retirar o oxigénio por causa do risco de explosão.
Certo é que este caso do Fremantle Highway vai fazer mudar as regras da proteção contra incêndios nos navios. Cada vez mais carros elétricos são transportados e os barcos que os transportam terão de ter sistemas de extinção específicos. A Organização Marítima Internacional (OMI) já disse que vai atuar com novas normas de segurança.
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