Lucid Motors recebe apoio da Arábia Saudita
Pode parecer estranho, mas a verdade é que já existe um pré-acordo entre o fabricante americano de veículos elétricos e o fundo soberano da Arabia Saudita para que este entre no capital da Lucid Motors.
As conversações entre a Lucid Motors e o fundo soberano da Arábia Saudita continuam depois deste pré-acordo que colocará um investimento de mil milhões de dólares na empresa americana que prevê iniciar a produção de uma gama completa de modelos elétricos a partir de 2020. Com este investimento, o Fundo Soberano da Saúde da Arabia Saudita passará a ter a maioria do capital.
A operação irá realizar-se em várias fases, com uma entrega inicial de 500 milhões de dólares e o depósito de mais verbas consoante os objetivos de produção que a Lucid consiga alcançar.
Recordamos que a Lucid foi fundada em 2007, está baseada na Califórnia e possui capital de várias origens, tendo em 2016 anunciado que iria começar a produção do seu modelo Air numa nova fábrica de 700 milhões de dólares, localizada em Casa Grande, no Arizona. Depois de ter sido candidata a receber a Gigafactory da Tesla, a Lucid encetou o seu próprio caminho, mas a falta de investimento tem empurrado os objetivos da empresa para o ano 2020.
Foi fundada por Bernard Tse, um ex-membro da administração que chegou a vice-presidente da Tesla e pelo engenheiro Sam Weng. O responsável pela parte tecnológica é Peter Rowlinson, um ex.engenheiro da Jaguar, Lotus e Tesla. Aliás, da Tesla vieram muitos dos gestores e trabalhadores da Lucid. O fundador deixou a empresa em 2015, depois de severas desavenças com a BAIC, empresa detida pelo estado chinês e que possui 25% do capital da Lucid. Depois da saída de Tse, a BAIC vendeu a sua participação a um investidor anónimo em 2016.
A Lucid faz parte do grupo que desenvolve tecnologia, juntamente com a McLaren e a Sony, para a Fórmula E, e tem um acordo para o fornecimento de baterias com a Samsung.
Na busca de financiamento, a Lucid encontrou o parceiro ideal no Fundo Soberano de Saúde da Arábia Saudita que, dizem alguns especialistas na matéria, terá reservas superiores a 250 mil milhões de dólares, estando disposto a investir fortemente na diversificação “fugindo” da habitual carteira de investimento no petróleo. Exemplos disso são estes mil milhões de dólares a investir numa empresa de carros elétricos e os 45 mil milhões de dólares investidos na Apple e na Qualcomm.
O acordo esta assinado, mas a Reuters já veio dizer que o Fundo Soberano de Saúde da Arábia Saudita pode não cumprir o acordo – até porque não é vinculativo é apenas uma carta de intenções – pois soube-se que aquele fundo está, também, em conversações com a tesla para aumentar a sua presença na Tesla, crescendo dos atuais 5% do capital para o dobro, conforme deu entender Elon Musk, CEO da Tesla, quando referiu que o financiamento estava assegurado.
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