Lee Iacocca foi o “pai” dos monovolumes com o projeto Minivan
O segundo momento de inspiração de Lee Iacocca surgiu nos anos 80 quando na Chrysler, o americano encontrou uma nova forma de transportar as famílias.
“Ele poderia vender-lhe qualquer coisa, com base na sua conversa, na lógica e no no aspeto que tem. Ele é um vendedor extraordinário, um enorme talento.” Palavras de William Clay Ford, neto de Henry Ford. E foi exatamente isso que Lee Iacocca fez com o Chrysler Minivan, um dos produtos de consumo mais lucrativos jamais criados e que lançou um segmento lucrativo e onde quase todos estiveram um dia.
O conceito de monovolume foi apresentado numa reunião de executivos da Ford, em 1970, por Hal Sperlich. Mas Henry Ford II rejeitou a ideia e o monovolume ficou na gaveta de Sperlich que sete anos depois saiu da casa da oval azul para se juntar à Chrysler. Lee Iacocca tinha ficado impressionado com a ideia de Sperlich e assim que colocou os pés na Chrysler, resgatou a ideia, defendendo que a família norte americana precisava de um veículo familiar, económico, espaçoso, confortável, versátil e com um preço acessível. Ora, o monovolume encaixava na perfeição nessa visão.
“Podem dizer o que quiserem sobre Iacocca, mas todos devem reconhecer que ele tem um fantástico instinto e só mesmo ele poderia ver o potencial do monovolume. Motivados por ele, fizemos um alargado estudo de mercado e descobrimos que as pessoas adoravam o conceito” disse Sperlich sobre Iacocca, confessando que o desenvolvimento do monovolume começou no dia a seguir à chegada de Iacocca à Chrysler.
Fabricados para as marcas Plymouth e Dodge e com os nomes Voyager e Caravan, respetivamente, os monovolumes da Chrysler foram um enorme sucesso com os seus motores económicos e capacidade para seis lugares. O conceito foi copiado e a Renault chegou a assumir a paternidade dos monovolumes com o estudo da Matra que deu origem ao Espace, mas a verdade é que foi Lee Iacocca o pai dos monovolumes que a Chrysler vendeu, e ainda vende nos EUA, durante mais de 30 anos num total superior a 12 milhões de unidades.
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