Lamborghini Opera Unica: exemplar único do Revuelto
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Lamborghini: Modelos únicos que ficaram para a história (anos 80)

By on 9 Agosto, 2023

Parte I AQUI e Parte II AQUI.

Em 1980, foi criado o Lamborghini Athon, construído pela Carrozzeria Bertone sob as instruções da marca italiana, para estudar a viabilidade de um Silhouette descapotável. O estilo, que representa na perfeição o dos automóveis dos anos 80, era tão vanguardista que, com apenas algumas modificações, poderia ser produzido ainda hoje. O conceito “Roadster” da Lamborghini teve origem neste mesmo automóvel.

Em busca de uma “terceira gama”, a Lamborghini sentiu a nova procura do mercado por veículos todo-o-terreno com desempenho desportivo. Para responder a esta procura, foi criado em 1982 o LMA, cujo protótipo viria a ser o LM 002, que entrou em produção em 1986 e que hoje é considerado a mãe do SUV Urus. O LMA tinha uma estrutura tubular, um motor V12 montado à frente e uma velocidade máxima superior a 200 km/h, características nunca antes vistas num veículo todo-o-terreno.

Em 1985, a Lamborghini começou a fazer experiências com um material recentemente desenvolvido. Uma fibra têxtil feita de fibras de carbono; incrivelmente rígida, robusta e leve. A primeira aplicação foi no Countach Evoluzione, um exemplar único baseado na mecânica do Countach Quattrovalvole, mas com a carroçaria feita inteiramente de fibra de carbono. As linhas eram bastante quadradas e quase primitivas; existiam limitações significativas ao trabalho com este material que viria a revolucionar a forma como os automóveis desportivos são construídos, mas a essência estava lá. O Countach Evoluzione pesava menos 400 kg do que o carro de produção Quattrovalvole e era muito rápido. Com este automóvel, nasceu a ligação inquebrável e as capacidades tecnológicas da Lamborghini com a fibra de carbono. Ainda hoje, a Lamborghini mantém uma relação única com este material, que tem vindo a ganhar cada vez mais popularidade e que, atualmente, constitui também a estrutura de suporte dos automóveis de 12 cilindros produzidos em Sant’Agata Bolognese.  

No Salão Automóvel de Turim de 1988, no stand da Carrozzeria Bertone, foi apresentado o Genesis: à procura de uma quarta gama, a Lamborghini estudou a possibilidade de um monovolume de 12 cilindros com o motor na posição longitudinal dianteira. As portas dianteiras e a parte correspondente do tejadilho tinham uma abertura em asa e o desempenho era, para o tipo de carro, extraordinário. No entanto, os recursos para o desenvolvimento de novos modelos eram limitados e, sobretudo, direcionados para o desenvolvimento do que viria a ser o novo GT de 12 cilindros.

Fotos: Automobili Lamborghini S.P.A

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