Jaguar Land Rover lutam para reavivar a sua operação na China
Com uma queda superior a um terço nas vendas em apenas nove meses, Ralf Speth foi obrigado a acolher a mais uma fronteira de fogo que ameaça a integridade do grupo Jaguar Land Rover.
A saturação do mercado chinês é evidente e se há marcas que continuam num nível aceitável de vendas, outras nem por isso e entre estas está a Jaguar Land Rover (JLR) que depois de muitas dificuldades sofreu um impacto violento superior a 4 mil milhões de euros de prejuízo em pouco mais de nove meses.
O facto do maior mercado automóvel de veículos novos do mundo ter registado o primeiro recuo de vendas em mais de duas décadas, leva a que hoje se assista a uma luta fratricida pelo comprador para tentar manter o volume de vendas.
Numa entrevista concedida na passada quarta feira, Ralf Speth lembrou que “não vamos sair desta vontade de estar no segmento Premium. O mercado está a cair bastante, mas a parte dos Premium ficou estável e é aí que temos de apostar.”
Primeira medida foi melhorar a rede de distribuição, porque não estava preparada para este embate, especialmente, nas grandes cidades. Porém, Ralf Speth deixoiu bem claro que “os concessionários não mudam com um estalar de dedos. E depois, não queremos enviar carros para o mercado e acabar a criar ‘stocks’ que ficam cada vez mais velhos e só nos trazem problemas. Não corremos apenas pelo volume puro e duro. Queremos ter lucros e não apenas volume!”
Sobre a venda da JLR ao PSA Group, Speth revelou que não falou com Carlos Tavares, mas não confirmou nem desmentiu as discussões que existiram, existem e vão existir entre a Tata e o PSA Group. “As empresas do ramo automóvel sempre irão falar sobre muitas coisas e nós falamos com toda a gente. Claro que não posso falar pela Tata, pois sou um empregado no meio deste império e por isso não posso falar desse assunto.” Lá diz o povo na sua imensa sabedoria: não há fumo sem fogo…
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