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Jaguar Land Rover acredita que Brexit vai custar milhares de empregos

By on 12 Setembro, 2018

Para Ralf Speth, CEO da Jaguar Land Rover, se o acordo do Brexit for mal feito pode custar milhares de empregos.

Caso a Grã-Bretanha saia da União Europeia sem um bom acordo em 2019, Speth não sabe se a Jaguar Land Rover (JLR) poderá continuar a laborar de forma normal e rentável. O CEO da JLR fez o alerta nesta terça feira numa conferência realizada em Birmingham, numa intervenção antes do discurso de Theresa May, a primeiro ministro britânica.

Segundo Speth, se a autoestrada que dá acesso ao porto de Dover tiver controlos alfandegários, o transporte de componentes para as fábricas será dificultado e, além disso, poder-se-á transformar em verdadeiro parque de estacionamento devido a greves ou outros problemas.

Ralf Speth, que viu a Jaguar Land Rover ser duramente atingida com a política do diesel, pois os Land Rover são, maioritariamente, a gasóleo, tendo perdido mais de mil empregos, referiu na sua intervenção que “este número será multiplicado para milhares se o acordo para o Brexit não for o correto.”

O alemão foi mais longe ao lembrar que “o acesso irrestrito ao mercado único europeu por parte da Jaguar Land Rover, empresa que se responsabiliza por quase um terço dos 1,67 milhões de veículos produzidos na Grã-Bretanha, é quase tão importante para o nosso negócio como as rodas fazem falta a um veículo automóvel. Qualquer atrito que exista nas nossas fronteiras, coloca em risco a produção e isso tem um custo diário de 60 milhões de libras por dia!”

Recordar que a JLR tem quatro fábricas no Reino Unido, que produzem 3 mil veículos/dia, utilizam 25 milhões de peças e funciona com o sistema “just in time”. Speth não deixou passar a oportunidade de deixar bem claro aquilo que fará caso o Brexit não seja bem negociado – ou anulado! – recordando os velhos fantasmas da baixa produtividade das unidades industriais britânicas. “É infinitamente mais barato produzir veículos, por exemplo, na Europa de Leste do que em Solihull pelo que dependendo do que acontecer com o Brexit, serei forçado a tomar decisões caso não seja possível produzir a quantidade necessária de veículos dentro dos prazos exigidos e com os recursos sempre utilizados.”

Ou seja, Ralf Speth ameaça sai do Reino Unidos e, recordamos, já em uma fábrica na Eslováquia. E a ameaça é reiterada com Speth a dizer que “as decisões que forem tomadas, entretanto, pelas empresas não serão revertidas seja qual for o resultado final das negociações do Brexit.”

Theresa May tenta negociar uma saída que deixaria aberto uma área de comércio livre com a União Europeia, aceitando a Grã-Bretanha um livro de regras imposto pela União Europeia com participação britânica em agências de comércio. Algo que enfureceu os mais radicais adeptos do Brexit que defendem uma saída á força da União Europeia com total isolamento das ilhas.

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