Honda e:Ny1 – Ensaio teste
Se comprar um Elétrico usado, cuidado com os quilómetros do carro.

Honda Jazz: conduzimos a quarta geração, agora sempre híbrido

By on 9 Outubro, 2020

A convite da Honda fomos até Belém conhecer as mais recentes propostas eletrificadas da sua gama, bem como a sua visão de mobilidade elétrica futura, uma ambição agora ainda mais assumida pela nova meta de eletrificação definida para os seus automóveis. Assim, colocando de parte o objetivo de ter dois terços da sua gama europeia eletrificada em 2025, a Honda traçou um novo plano, afirmando que já em 2022, 100% da sua oferta vai ser eletrificada. Depois do SUV CR-V, seguiu-se o puramente elétrico “e”, um veículo assumidamente citadino, cuja aposta tecnológica e design diferenciador são outros dos seus argumentos. A Honda assume mesmo que quer, com ele, não só destacar-se pelas qualidades da sua proposta puramente elétrica, mas também apelar aos condutores mais emocionais, ambicionando para ele o estatuto de ícone da marca. Agora segue-se o Jazz, modelo de elevada importância para os objetivos da Honda, símbolo que, relembramos, ocupa o terceiro lugar da lista das marcas que mais vendem em todo o mundo, colocando o Civic e o CR-V na quarta e quinta posições, respetivamente, do ranking por modelos.

Motor e consumo

Para esta nova geração, cujo comprimento voltou a aumentar, a Honda apostou numa única motorização híbrida que combina um motor 1.5 a gasolina com um par de elétricos, sendo que um deles funciona exclusivamente como gerador. O sistema alterna entre modos de propulsão de forma totalmente autónoma, gerindo a entrega e regeneração de energia, mas dando prioridade, sempre que possível, à propulsão limpa, algo que pudemos comprovar nos cerca de 30 quilómetros que percorremos em Lisboa, percurso que fechámos com média final de 3,9 lt/100 km. Esta configuração híbrida a que a Honda chama e:HEV combina assim três modos de condução: elétrico, em que a bateria alimenta o motor de propulsão elétrica; híbrido, em que o motor térmico produz e fornece energia ao motor gerador que por sua vez a passa ao de propulsão; combustão, em que é o motor térmico que transmite potência às rodas.

Por dentro do novo Jazz

Passando ao habitáculo, avaliação onde o pequeno Jazz sempre surpreendeu pelo espaço e versatilidade oferecidos, esta quarta geração continua a dispor de argumentos que o farão, com certeza, destacar-se da sua concorrência de segmento. Não só pelos centímetros livres no banco traseiro, como também pela versatilidade referida, em grande parte explicada pelos já famosos bancos mágicos que transitam para esta mais recente interpretação do Jazz. Na frente, neste primeiro e breve contacto, ficámos agradados com os muitos espaços para arrumar os pequenos objetos que nos acompanham diariamente, bem como com as indispensáveis tomadas de carregamento, em grande número como é hábito na Honda. O infotainment recorre a um display tátil de 9 polegadas e é agora muito mais agradável de utilizar. Ao volante, é importante destacar o bom conforto oferecido pelos bancos, com função de aquecimento, mas acima de tudo a muita sensação de espaço e liberdade providenciada pelo grande para-brisas e pelo desenho inteligente do pilar A que favorece, e muito, a visibilidade naquela zona sempre crítica. Quanto a equipamento de segurança, o pacote Honda Sensing inclui agora: sistema de travagem atenuante de colisões, cruise control adaptativo, assistente de manutenção na faixa de rodagem, sistema atenuante de saída de estrada, assistente de ângulo morto, reconhecimento de sinais com limitador inteligente da velocidade e máximos automáticos.

Gama e preços

No que à gama diz respeito, a Honda facilitou muito a escolha aos seus clientes. Está apenas disponível uma motorização, como já foi dito, mas está igualmente disponível apenas um nível de equipamento, o Executive. A campanha em vigor coloca o preço final nos 25 500 euros, mas a marca japonesa vai mais além e oferece 1000 euros adicionais de desconto aos clientes que já tenham um Honda na sua garagem. Não o têm de entregar como retoma, basta-lhes apenas serem proprietários de um Honda e o preço desce para 24 500 euros. Desta forma, a marca pretende valorizar a fidelização dos seus clientes, promovendo a continuidade da ligação à marca, algo muito relevante para muitos condutores Honda.

Crosstar, um Jazz para as aventuras

Nesta ocasião a Honda aproveitou igualmente para lançar o Crosstar, um modelo de inspiração mais aventureira, um assumido crossover urbano inspirado neste novo Jazz, partilhando também com ele o propulsor híbrido. No entanto, o Crosstar destaca-se por elementos como a grelha dianteira específica, as proteções negras nos guarda-lamas, as jantes especiais, também de desenho específico, bem como pelas saias laterais e barras de tejadilho. O novo Honda Crosstar está disponível a partir de 28 500 euros, valor ao qual se podem retirar os 1000 euros adicionais caso disponha de um automóvel Honda em seu nome. Para breve, ensaios completos a ambos no Automais.

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