BMW M5: A sétima geração conta com sistema híbrido
Porsche revela o novo 911 com motorização híbrida

Híbrido ou Híbrido Plug In? O que escolher?

By on 20 Fevereiro, 2024

Se está a pensar entrar (ou manter-se) no mundo da eletrificação, mas ainda não está convencido de que um carro 100% elétrico é uma boa solução para si, seja por questões de convicção, ou questões mais práticas, os híbridos são excelentes opções. Mas pode surgir-lhe a dúvida: Híbrido ou Híbrido Plug In? Vamos tentar ajudar.

Se planeia comprar carro novo, há certamente muitas dúvidas que surgem dada a enorme quantidade de escolha que tem à sua disposição. Elétricos, híbridos, híbridos, Plug In, GPL, motor a combustão… O ato de comprar carro complicou-se. Mas mais opções podem significar uma escolha mais difícil, mas, ao mesmo tempo, mais adequada. Os híbridos têm se destacado cada vez mais por serem soluções flexíveis e que se adequam talvez mais às necessidades atuais dos condutores. Mas que híbrido escolher?

Retirar os mild hybrid (híbridos suaves) da equação?

Um mild hybrid, também conhecido como híbrido suave, é um tipo de carro híbrido com um sistema elétrico relativamente simples e acessível. O Motor a combustão é o principal motor do veículo, e este é auxiliado por um motor elétrico de baixa potência, que entra em ação em determinadas situações, mas não possui potência suficiente para mover o carro sozinho por longas distâncias. A energia para as baterias é produzida por um sistema de travagem regenerativa. Funciona como motor e gerador, podendo ligar e desligar o motor a combustão rapidamente e recuperar energia durante a desaceleração. Este sistema é feito para poupar combustível em situações onde o motor consome mais (arranques, acelerações mais abruptas). É uma espécie de “bengala ecológica” para o motor de combustão. Normalmente são mais acessíveis que os restantes híbridos, por terem um sistema mais simples. No entanto, a sua eficiência não é tão elevada e os consumos, apesar de serem melhores, não chegam aos níveis dos restantes híbridos. São uma boa “porta de entrada” para a eletrificação, mas é um sistema que tem limitações. Por isso, não pode tirar partido de todas as vantagens de um híbrido.

Híbridos

Um híbrido convencional, também conhecido como full hybrid ou HEV (Hybrid Electric Vehicle), é um tipo de carro que combina um motor a combustão interna com um motor elétrico. O objetivo principal é aumentar a eficiência energética e reduzir as emissões de poluentes, tal como nos mild hybrids, mas esse efeito sente-se mais.

O Motor a combustão fornece a principal força motriz do veículo, enquanto o motor elétrico auxilia o motor a combustão, especialmente em baixas velocidades e durante a aceleração, podendo até assumir o “papel principal” no sistema de tração, funcionando sozinho, sem auxílio do motor a combustão. A Bateria armazena energia recuperada da travagem regenerativa e do motor a combustão.

Em termos de utilização dos seus motores, os híbridos confiam no motor elétrico para o momento do arranque ou em velocidades baixas. O motor a combustão interna entra em ação quando se atinge uma velocidade de cruzeiro, uma vez que este motor é concebido a pensar mais na performance e eficiência e não tanto na potência. Ou seja, além de fazer o que os mild Hybrid fazem, os híbridos permitem percorrer alguma distância apenas com energia elétrica. Isso é uma ajuda tremenda em situações de trânsito, ou de condução mais citadina, com muitas travagens e acelerações, em que o motor de combustão pode ficar “calado” durante um período de tempo significativo. Nas demais situações, os dois motores trabalham juntos para otimizar o desempenho e o consumo de combustível.

Híbridos Plug In

Os Plug-in Hybrid Vehicle (PHEV) têm, à semelhança dos híbridos, um motor a combustão interna e um motor elétrico alimentado por uma bateria que operam tanto de forma conjunta, como independente.

As baterias dos PHEV são bastante maior quando comparado com a do híbrido HEV. Ambos utilizam o sistema de travagem regenerativa e o motor de combustão para produzir energia, contudo, os PHEV podem também efetuar o carregamento das suas baterias numa fonte externa – uma tomada de casa ou uma estação de carregamento público a título de exemplo. Com um PHEV, tem um dois em um. Por um lado tem um veículo elétrico, que lhe permite percorrer distâncias já simpáticas em modo 100% elétrico e tem a flexibilidade de um carro híbrido, com o motor de combustão a ter uma ajuda preciosa, o que faz cair os consumos de forma muito vincada

Qual escolher?

Se pretende uma opção eletrificada, simples e mais barata, os mild Hybrid são a solução para si. No entanto, vai ter muito menos eficiência e a redução do consumo de combustível vai ser menos percetível. Mais ainda, se tiver preocupações ecológicas, não conseguirá reduzir de forma tão clara as suas emissões.

Se está indeciso entre um Híbrido e um Plug In, terá de ter certos fatores em consideração. Para tirar partido da potencialidade do Plug In, terá de o carregar. Atualmente, as baterias dos modelos Plug In conseguem fazer, em modo 100 elétrico, entre 40 a 60 km. Estima-se que 90% das deslocações em cidade correspondem a menos de 40 km por dia. Se nas suas deslocações diárias fizer essa distância ou menos, terá de carregar o seu carro para conseguir poupar. Assim, se pode carregar de forma fácil o seu carro, um PHEV pode ser uma boa solução. Mas prepare-se, pois os PHEV são mais caros e por isso o investimento inicial é mais exigente.

Se a questão do carregamento é um problema para si, os híbridos são então uma boa solução. Não tem de o carregar, pois ele trata disso sozinho, com a ajuda do motor e da travagem. Claro que não vai ter a autonomia elétrica de um PHEV (muito longe disso), mas vai conseguir poupar mais no consumo de combustível e nas emissões.

Ensaios: consulte os testes aos novos carros feitos pelos jornalistas do Auto+ (Clique AQUI)