Gordon Murray, o criador do McLaren F1, vai lançar o sucessor chamado T.50
Chama-se T.50, tem três lugares, pesa 980 quilos e tem um V12 atmosférico feito em titânio que utiliza a famosa ventoinha do Brabham F1 de 1978, para gerar efeito de solo.
Este é o novo supercarro que Gordon Murray, o extraordinário engenheiro sul africano, tem preparado para lançar em 2022 com um preço a rondar os 2,5 milhões de euros. Para Murray, o seu conceito será capaz de bater todos os supercarros existentes, do Aston Martin Valkyrie ao Mercedes AMG One.
O Gordon Murray Automotive (GMA) há muito tempo que presta consultadoria na área da engenharia e o brilhante sul africano tem estado entretido a fazer carros citadinos com aplicações à mobilidade elétrica. Restava saber quando é que o criador do McLaren F1 e de alguns dos projetos mais significativos da Fórmula 1, incluindo a controversa “ventoinha” aplicada no Brabham BT46B de 1978, regressaria aos supercarros.
A resposta está aí, a GMA quer lançar este super-carro que será produzido no número restrito de 100 unidades durante um ano. E o T.50 surpreende, pois Gondon Murray foi buscar tudo aquilo que fez e em que acredita e atirou para o T.50.
Diz o sul africano que “o T.50 é pureza, tem um propósito e oferece tecnologia impressionante.” Bom, o T.50 recua a 1978 e utiliza uma versão mais refinada e tecnológica da ventoinha utilizada nos Brabham F1 para assegurar que o carro tem efeito de solo e que nas curvas seja muito eficaz.
O carro chama-se T.50 pois celebra os 50 anos de atividade de Murray, sendo todo feito em fibra de carbono, com motor central traseiro com tração traseira. É mais comprido que o McLaren F1, mas mais pequeno que um Porsche 911, com 4,4 metros de comprimento. Como referimos, o peso é de 980 kgs, menos 120 quilos que o McLaren F1 e menos impressionantes 600 quilos que a maioria dos super carros existentes. As suspensões são agarradas diretamente ao chassis sendo que os apoios da suspensão, motor e caixa são iguais aos da competição, nomeadamente, a Fórmula 1. Apesar de ser um mago na utilização da fibra de carbono, Murray não quis usar esse material para as peças de suspensão e para as jantes, pois entende que não têm a durabilidade necessária para um carro de estrada. Já os travões são carbono cerâmica, com ABS. Não há controlo de estabilidade, apenas ABS e controlo de tração. A suspensão é de triângulo sobrepostos nos dois eixos e tem capacidade para baixar ou levantar o carro consoante a definição aerodinâmica, mas sem utilização de eletrónica. As jantes são de 19 polegadas à frente com pneus 235 e de 20 polegadas na traseira com borrachas 295. Pneus modesto, mas que se justificam, segundo Murray pois “são aquilo que necessitamos, nem mais nem menos, pelo que ter maior ou ais ostensivo, sera apenas ganhar peso e reduzir a eficiência.
O motor é um projeto da GMA feito em parceria com a Cosworth, tem 3,9 litros de cilindrada, V12, e está acoplado a uma caixa manual de seis velocidades fornecida pela XTrac. O carro tem tecnologia de 48 volts para que possa mover a enorme ventoinha que está na traseira do carro, mas não há hibridização, pois Gordon Murray acho o sistema demasiado complexo e pesado. A relação peso potencia será igual á de muitos carros de competição.
O motor é muito compacto e em como limitador de rotação as 12 400 rpm, totalmente feito em titânio e sem mais detalhes que este, um conjunto muito avançado tecnologicamente, do qual não foram revelados muitos mais detalhes. Já a decisão de manter uma caixa manual de seis velocidade, é explicada por Gordon Murray. “Da pequena lista de potenciais compradores a quem o projeto foi revelado, quase todos pediram uma caixa manual. Ora, como isso foi ao encontro daquilo que Murray pensava para o carro, ficou com a unidade manual da Xtrac.
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