Fusão FCA – Renault vai tirar da sombra de Sergio Marchionne o neto de Gianni Agnelli
Caso seja aceite a proposta de fusão da FCA com a Renault, haverá um homem que ficará muito satisfeito e que sairá da enorme sombra que o falecido Sergio Marchionne continua a projetar: John Elkann, o neto de Gianni Agnelli.
Com 43 anos, Elkann anda há muitos anos a tentar encontrar maneira de ter um parceiro que assegure o futuro do grupo Fiat, agora Fiat Chrysler Automobiles, gigante industrial que foi erigido pelo seu avô. Para isso, John Elkann tem gritado aos quatro ventos que a família Agnelli/Elkann estava disposta a ter uma posição acionista minoritária num grupo maior que englobasse a FCA. É isso que John Elkann quer ao propor um negócio de fusão em partes iguais para ambas as empresas.
Recordamos que há uns anos, o líder da Exor, a holding da família Agnelli que controla a FCA, disse que “não somos vendedores, mas a nossa família está disposta e preparada para diluir a sua participação na FCA se isso tornar a FCA mais forte.” Isto foi dito em 2014.
Caso o negócio for para diante, a Exor ficará com 14,5% do novo grupo, ficando assim como o maior acionista, seguido do governo francês e da Nissan, com 7,5% cada. Ou seja, um excelente negócio para John Elkann.
Caso seja exequível a fusão da Renault com a FCA, John Elkann cumprirá o sonho de Sergio Marchionne e tirá-lo-á da sombra do seu amigo, dando-.lhe um rótulo de qualidade e aprovação como grande gestor internacional.
Recordamos que Marchionne sempre defendeu a consolidação pois entendia que se desbaratava dinheiro ao desenvolver coisas que poderiam se feitas em conjunto. Seroa o cumprimento da visão de Marchionne, pelas mãos de Elkann.
Que começou a trabalhar no conselho da Fiat com 21 anos, em 1997. Chegiu a presidente da Fiat e depois da FCA quando este foi criado em 2014. Esteve ao lado de Marchionne durante 15 anose esteve envolvido em diversas ações de fusão, sendo a sua coroa de destaque a compra por parte da Exor da Partner Re, uma seguradora norte americana, por 6,9 mil milhões de dólares.
A morte de Marchione atirou-o para a arena e colocou-operante a escolha de sucessores para a FCA e apara a Ferrari, agindo com rapidez e colocando Mike Manley na FCA e Louis Camilieri na Ferrari. Esta proposta de fusão, que já recebeu acolhimento favorável dos governos italiano e francês (este é acionista da Renault), será o maior passo dado por Elkann. Fica por saber se a CNH Industrial e a Ferrari continuam fora da FCA e deste negócio, mas John Elkann mostra ao mundo que tem os genes do seu avô e que o papel de delfim de Marchionne será apropriado: Marchionne conseguiu fundir a Fiat e a Chrysler, Elkann a FCA e a Renault. Aprendeu tudo e bem o jovem gestor italiano, fluente em quatro línguas e com um currículo que o fez passar por Nova York, Brasil e Reino Unido, tendo como amigos Warren Buffett e fazendo parte do secreto e reservado Bilderberg Group, onde conheceu Jean Dominique Senanrd, o presidente da Renault, que caso a fusão vá por diante, será o CEO com John Elkann como presidente.
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