Ford vai eletrificar toda a sua gama e revela novos Kuga e Explorer para a gama SUV
A gama eletrificada da Ford vai crescer, como já referimos em peça á parte sobre o evento “Go Further” que decorreu há poucas horas em Amsterdão. Mas para lá da eletrificação e dos modelos comerciais revelados, a Ford levantou o véu sobre o novo Kuga e anunciou a comercialização do “gigante” Explorer no mercado europeu. Todos com eletrificação.
Para lá dos Fiesta e Focus com o sistema Ecoboost Hybrid, híbrido com tecnologia de 48 volts, a Ford vai lançar-se de peito feito para o mercado SUV, com o regate do Explorer, o SUV americano de sete lugres e um totalmente novo Ford Kuga.
A nova geração do Kuga será oferecida como o único SUV a ser proposto com três modos de eletrificação e motores diesel e gasolina. O Kuga oferecerá, assim, variantes híbrida, Plug In Híbrida e “Mild Hybrid”. Um estilo mais conservador, a caminho entre uma carrinha e um SUV, tornam o Kuga mais apelativo, reclamando a Ford que não perdeu um grama de diversão na condução. O Ford Kuga tem um motor de 2.5 litros a gasolina acoplado a um motor elétrico, debitando 225 CV, tendo uma autonomia em modo elétrico de 50 km. As emissões deverão ser inferiores a 29 gr/km. Mais tarde surgirá o bloco 2.0 litros com tecnologia de 48 volts e motor de arranque gerador e o “full hybrid”, com o mesmo motor de 2.5 litros e um motor elétrico que alimenta a bateria de iões de lítio. As emissões, WLTP serão de 132 gr/km. Ficará, assim, completa a oferta eletrificada do Kuga.
Já o Explorer, modelos com sete lugares, será o topo da gama SUV da Ford e só será vendido como modelo híbrido Plug In. Mas com números de respeito: o V6 3.0 litros a gasolina 450 CV e 840 Nm de binário. A autonomia elétrica será de 40 km e as emissões de CO2 de apenas 78 gr/km. O preço, apurou o AUTOMAIS, rondará os 70 mil euros na Europa. Portugal verá o Explorer aproximar-se da barreira dos 100 mil euros, caso seja comercializado entre nós. Mais tarde a Ford Portuguesa deverá dar mais informação aos jornalistas sobre o preço final, sendo certo que terá no VW Touareg, quando este receber a versão híbrida Plug In, o seu mais sério rival. Ambos terão a companhia das unidades comerciais Tourneo e Transit Connect Van, em termos de lançamento.
Para as versões Plug In Hybrid do Tramsit Connect e para a Tourneo de passageiros, é utilizado o motor 1.0 litros Ecoboost com um motor elétrico e bateria recarregável, com 24,6 kWh e 50 km de autonomia elétrica. Estes dois modelos, ao contrário do Kuga e do Explorer, usam um híbrido série e não paralelo, pelo que neste caso, o motor a gasolina não serve para mais que recarregar as baterias. Mais tarde, a Ford vai oferecer à Transit e à Transit Custom, um “mild híbrid” com motor a gasóleo. E em 2021, chegará a Ford Transit totalmente elétrica, da qual foi revelado um protótipo.
Como referimos acima, o Fiesta e o Focus terão versão “mild hybrid” conhecidas como Ecoboost Hybrid, ambas com o bloco 1.0 litros Ecoboost com um motor de arranque/gerador que tem alimenta uma bateria de 48 volts. Com a utilização desta tecnologia de 48 volts, o turbo do motor Ecoboost é maior, sem perigo de aumentar o tempo de resposta, passando a potência para 155 CV.
O Mondeo já existe como modelo híbrido, mas receberá alterações e, sobretudo, uma versão ST Line, muito mais desportiva e com muito bom aspeto. A carrinha Mondeo PHEV ST Line terá 187 CV e uma autonomia elétrica a rondar os 50 km.
A Ford não esqueceu o projeto Mach E, baseado no Mustang e que estará à venda em 2020. Terá 600 km de autonomia segundo o protocolo WLTP e será um digmo sucessor dos “muscle car” pois terá um comportamento à imagem daquilo que a Ford tem feito nos últimos anos. Lembrar que o primeiro modelo elétrico foi um Focus, mas vendas muitos baixas levaram a Ford a cancelar as vendas.
Com este avanço rumo à eletrificação, a Ford deu um passo em frente que é reconhecido no comunicado de imprensa. “Este plano oferece à Ford uma das gamas mais completas de produtos eletrificados de todos os construtores europeus.” E segundo Stuart Rowley, o presidente da Ford of Europe, “os modelos que introduzimos hoje são apenas o começo dos nossos panos de desenvolvimento de uma gama de veículos inteligentes para um mundo inteligente.”
Convirá lembrar que esta ofensiva de eletrificação da Ford está alinhada com outros construtores, pois as regras de emissões de Co2 estão cada vez mais restritivas e vai ser piores daqui para diante. Há novos limites para a média da gama de cada construtor: segundo um esquema de créditos para favorecer os modelos “Plug In”, qualquer carro que emita abaixo de 50 gr/km de CO2 contará por dois em 2020, 1,5 em 2021, 1,33 em 2022 e deixará de contar mais que um em 2023. A Ford confirmou, sem mais detalhes, que espera conseguir os seus objetivos que é ficar ligeiramente acima das 95 gr/km de CO2 de média da sua gama.
Lembramos que em 2018, venderam-se, na Europa, 190 mil veículos elétricos e quase 155 mil híbridos Plug In, esperando-se que em 2019 sejam comercializados 300 mil carros elétricos e 250 mil Plug In. Portanto, este novo plano da Ford faz todo o sentido e haverá mais novidades dentro em breve.
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