Fiat Chrysler Automobiles determinada em salvar a Maserati
Após a morte de Sergio Marchionne, ficou a curiosidade sobre o que faria Michael Manley, seu delfim e sucessor como CEO da Fiat Chrysler Automobiles (FCA), com alguns dos problemas que estavam para ser resolvidos.
Muitos disseram que Manley era uma réplica de Marchionne, mas a verdade é que o novo patrão da FCA pensa pela sua cabeça. Primeiro admitiu que juntar a Maserati à Alfa Romeo foi um erro. Depois, já deixou claro que não vai deixar cair a marca do Tridente, tendo desenhado um plano para salvar a Maserati.
Os detalhes desse plano ainda não são conhecidos, mas para já desviou Harald Wester da Alfa Romeo para a Maserati, regressando a CEO da casa italiana. Seráele que irá desenvolver a ideia de Manley e implementá-la.
Wester já está a trabalhar a todo o vapor e nomeou Jean-Philippe Leloup (que foi COO da Ferrari no centro e leste da Europa) como o responsável por uma nova divisão, a Maserati Commercial. Al Gardner foi escolhido como CEO da Maserati North America.
Estas são, para já, as movimentações dentro da casa italiana, desconhecendo-se se a FCA vai investir mais dinheiro na marca ou se vai limitar-se a limar arestas e a desenhar uma nova gama de produtos.
Michael Manley sustentou, durante uma reunião com investidores, que “quando colocamos a Alfa Romeo e a Maserati juntas, fizemos duas coisas: primeiro reduzimos o foco na marca Maserati, depois tratamos a Maserati, durante um longo período de tempo, como uma marca de volume, o que é algo que não pode nem deve ser feito.”
Acrescentou o líder da FCA que “termos de deixar passar pelos menos dois trimestres para ver algumas alterações no canal de vendas, mas espero que o Harald e a sua equipa façam progressos significativos durante a segunda metade de 2019.”
O mercado chinês penalizou muito a Maserati com uma queda abrupta das vendas, depois houve dificuldades com o WLTP, que causou enormes atrasos de produção. Porém, como Manley também já reconheceu, o maior problema está na gama da Maserati. O GranTurismo e o GranCabrio já têm 11 anos de vida, seguindo-se o Ghibli e o Quattroporte, já com cinco anos de vida, restando o Levante que com dois anos, é o elemento mais novo. Mas num segmento tão duro, o SUV da Maserati tem experimentado dificuldades e tem vindo a perder vendas. Em onze meses, a casa italiana vendeu 7 495 carros. O Levante é, claro, o mais vendido com 4 111 unidades, seguido do Ghibli com 2 381 unidades vendidas. As vendas dos restantes modelos são trágicas: GranTurismo, 324 carros, GranCabrio, 229, Quattroporte, 433 e 17 modelos especiais.
Recordamos que em junho de 2018, pouco tempo antes da sua morte, Sergio Marchionne referiu-se à Maserati como uma marca a revitalizar. Tinha desenhado um plano que incluía o lançamento do coupé Alfieri com motorização elétrica e híbrida Plug-in, um novo crossover posicionado abaixo do Levante e novos produtos para substituir o Ghibli, Quattroporte e o Levante, todos com motorização elétrica ou híbrida Plug in.
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