Ferrari vê lucro do quarto trimestre de 2019 subir 22%
Impressionante a performance financeira da Ferrari, com um aumento de 22% dos lucros no último trimestre de 2019.
Contas feitas, o lucro ajustado antes de impostos, juros, depreciação e amortização (EBITDA) aumentou 22% nos últimos três meses de 2019 para 333 milhões de euros. Assim, o lucro ajustado para o ano de 2019 foi de 1.269 mil milhões de euros, perfeitamente alinhado com a previsão de 1,27 mil milhões de euros que a Ferrari anunciou em novembro passado. Já o lucro operacional foi de 33,7%, ligeiramente abaixo da previsão de 34%. Só para perceberem a excelência do resultado financeiro, a Aston Martin tem uma margem inferior a 7% e a Porsche tem uma margem de lucro operacional de 17%.
Este resultado foi alimentado pela forte procura do Portofino e do 812 Superfast, num ano em que a casa de Maranello lançou cinco modelos, um recorde para a marca, destacando-se o Roma e o poderoso F90 Stradale, o primeiro modelo “plug in” de série da Ferrari. A marca vendeu 10.131 unidades, mais 9,5% que em 2018. O maior aumento de vendas deu.se á conta, sobretudo, da China, Hong Kong e Taiwan, pese embora em dezembro as vendas tenham abrandado, muito por culpa do coronavírus.
O CEO da Ferrari, Louis Camilleri, disse que a performance de vendas foi especialmente má em Hong Kong, mas para o responsável da casa italiana isso não é problema, pois basta à Ferrari acelerar as entregas dos supercarros – modelos com uma gigantesca margem de lucro e que, habitualmente, têm mais de um ano de tempo de espera – para outras partes do mundo e tudo fica equilibrado. “É a beleza desta empresa, podemos ajustarmo-nos geograficamente e acredito que podemos compensar a fraqueza a Oriente se durar alguns meses” disse o responsável da Ferrari.
Com tudo isto, a Ferrari já reviu as previsões para 2020, acreditando ser possível acelerar o lucro ajustado no final do exercício para os 1,43 mil milhões de euros (era de 1,3 mil milhões de euros), com as vendas a situarem-se nos 4,12 mil milhões de euros (era de 3,8 mil milhões). Uma previsão abaixo daquilo que o mercado esperava, segundo os analistas da Morgan Stanley, até porque o valor bolsista tem estado sempre em alta.
Para ajudar a aumentar o lucro, a Ferrari vai insistir nas versões muito especiais, além de uma linha de roupa, acessórios e entretenimento, para além de outros produtos de luxo e serviços. Nesse âmbito, há um acordo com a Giorgio Armani e vai haver um restaurante com o “chef” Massimo Bottura, galardoado com estrelas Michelin, na cidade de Maranello, em 2022.
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