Exportações nacionais de componentes para automóveis ultrapassaram os mil milhões de euros em junho
Foi o segundo mês consecutivo em que o valor das exportações dos componentes para automóveis superaram a barreira dos mil milhões de euros, um crescimento de 20,1% face ao mesmo mês de 2022. As exportações de componentes automóveis estão a subir dois dígitos há catorze meses consecutivos, sendo apontado pela Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) como um dos motores do crescimento económico em Portugal.
Os cálculos da AFIA, que têm como base as Estatísticas do Comércio Internacional de Bens divulgadas a 9 de agosto pelo Instituto Nacional de Estatística, demonstram que o ritmo de crescimento da exportação de componentes para automóveis é superior às exportações nacionais de bens, que neste mesmo período diminuíram 3,4%.
Comparando os valores das exportações de componentes automóveis no segundo trimestre de 2023 com os do período homólogo de 2022 podemos observa-se um aumento de 21,9%, rondando os 3000 milhões de euros. Assim, no que se refere ao acumulado até junho as exportações de componentes automóveis ultrapassaram os 6000 milhões de euros, o que se traduz num acréscimo de 21,2% face ao primeiro semestre de 2022.
Importante realçar que, em 2023, 70% das exportações portuguesas de componentes automóveis continuam a ter 5 países como principais destinos: Espanha, Alemanha, França e Eslováquia e, agora também o Reino Unido, que substituiu os Estados Unidos da América no top 5.
Espanha, lidera a listagem de países, continuando a ser o principal cliente dos componentes fabricados em Portugal, com vendas de 1714 milhões de euros. Segue-se a Alemanha com 1332 milhões de euros, na terceira posição encontramos a França, com 662 milhões de euros, enquanto a quarta posição pertence à Eslováquia com 263 milhões, fechando-se o top 5 com Reino Unido com 237 milhões de euros.
Segundo os cálculos da AFIA, as exportações dos componentes automóveis para os principais países clientes estão a crescer mais do que a produção de automóveis nesses países, destacando ainda a associação portuguesa que congrega e representa os fornecedores de componentes para a indústria automóvel que este ramo da indústria nacional “tem mantido a sua resiliência e encontrado formas de se manter competitiva e enfrentar os desafios que se mantêm ativos”, dando como exemplo “o aumento dos custos da inflação, transportes, energia e matérias-primas”.
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