EU está a preparar uma “bazuca” de 20 mil milhões de euros para estimular as vendas
Será um ambicioso pacote financeiro que pode chegar a 20 mil milhões de euros para estimular o consumo de veículos amigos do ambiente. Mas a “bazuca” financeira pode chegar aos 100 mil milhões de euros!
De acordo com o jornal alemão “Sueddeutche Zeitung”, o pacote financeiro ainda não está fechado devido às eternas divergências entre os países membros, desta feita, sobre a classificação de “veículos limpos”.
O ministro alemão dos Transportes quer incluir carros até às 140 gr/km de CO2, muito acima dos limites impostos pela União Europeia de 95 gr/m de CO2 para a média das gamas de cada construtor. Ou seja, o ministro alemão quer incluir quase toda a sua indústria neste pacote de incentivos.
Mas para o grupo de influência (lobby) Transport&Environment, baseado em Bruxelas, isso será, segundo palavras de Stef Cornellius, um dos membros da direção do grupo, “absolutamente inaceitável”, juntando-se a um coro de críticas á proposta alemã, que dizem ser uma ideia que é mais prejudicial que benéfica.
Esta proposta alemã é estranha, pois uma das condições que a Chanceler alemã, Angela Merkl, colocou para aceitar contrair dívida comum e distribuir o dinheiro a fundo perdido, foi a proteção do clima. E a alemã Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, sublinhou essa condição ao dizer que “se for necessário incrementar a nossa dívida, que os nossos filhos vão herdar, pelo menos que o façamos de uma maneira inteligente usando esse dinheiro para investir no futuro, cuidado das alterações climáticas, reduzindo os seus impactos e não os aumentando.”
Parte deste financiamento que pode ter proporções bíblicas, será destinado à aceleração do desenvolvimento de novas alternativas de propulsão que reduzam as emissões do transporte rodoviário, e também ao estabelecimento de uma rede de carregamento europeia com a construção de mais de 2 mil milhões de estações até 2025. O plano de revitalização das economias europeias será apresentado no dia 27 de maio e com a Alemanha a desalinhar-se dos holandeses, austríacos e suecos, poderá haver uma decisão que, realmente, ajude a Europa a recuperar a sua influência, seriamente abalada pela saída do Reino Unido.
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